Os franceses Ludovic Fabregas e Nédim Rémili disseram hoje que esperam um jogo muito exigente frente a Portugal, na luta pelo bronze do Mundial de andebol, no domingo, na Unity Arena, em Oslo.

O pivô Ludovic Fabregas, de 28 anos, que na próxima época deverá deixar o Veszprém e regressar ao FC Barcelona, reconheceu que Portugal tem uma boa equipa, está a fazer um bom campeonato do Mundo e que vale pela sua garra e equilíbrio.

“Há muito talento em Portugal. Com os irmãos Costa, Luís Frade, Salvador Salvador, que para mim está a dar muito, quer na defesa quer no ataque com a sua garra. É uma equipa que trabalha muito e é perigosa”, referiu à agência Lusa Ludovic Fabregas.

Mesmo reconhecendo talento aos jogadores portugueses, o pivô francês preferiu destacar a coesão da equipa às individualidades e que a chave para o sucesso gaulês no jogo de domingo passa por manter os portugueses à distância no marcador.

“Nós queremos ganhar, porque queremos acabar este torneio com uma medalha, mas também sabemos que Portugal tem a mesma ambição”, reconheceu Ludovic Fabregas, classificando o encontro de domingo como “uma pequena final”.

Para o pivô francês está em jogo uma importante medalha, que tem uma grande importância para ambos, pelo que antevê um jogo muito difícil entre duas seleções que querem muito ganhar.

“Tem uma importância enorme para nós, que estamos a iniciar um novo ciclo. [Conquistar a medalha de bronze] é encarado como uma recompensa pelo trabalho até agora realizado e trará mais confiança e certeza ao novo projeto”, adianta.

O lateral Nédim Rémili, de 29 anos, que também representa o Veszprém, reforçou também que a França vai defrontar “uma seleção portuguesa que está a fazer história e que pode, pela primeira vez, conquistar uma medalha num Mundial”.

“Sabemos que vão lutar muito, como o têm feito durante a prova, e esperamos um jogo complicado, mas queremos levar a medalha para França”, admitiu Nédim Rémili, sem destacar nenhum jogador em especial na seleção portuguesa.

“Todos os jogadores vão colocar problemas. São todos de enorme potencial, lutar com o [Victor] Iturriza e o [Luís] Frade é complicado. Jogo contra eles na Liga dos Campeões e são muito bons”, explicou o lateral gaulês.

Nédim Rémili elogiou o jogo dinâmico que Portugal tem demonstrado, e que lhe valeu a inédita presença no top-4 do Mundial, mas adiantou que a França quer muito ganhar, pelo que antevê um duelo duro.

A ainda vice-campeã mundial França é a seleção mais titulada, com seis medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze, e é a detentora do titulo europeu, que já venceu por quatro vezes.

Portugal e França, afastada da final pela coanfitriã Croácia, vão disputar domingo o jogo da medalha de bronze, pelas 15:00 locais (14:00 em Lisboa), na Unity Arena, em Oslo, na Noruega.