O selecionador nacional de andebol, Nuno Santos, lamentou hoje ter perdido, por lesão, o jogador Francisco Pereira, analisando "para já" com cautela a participação nesta competição que decorre em Tarragona, Espanha, e termina no domingo.
Portugal terminou a participação nos Jogos do Mediterrâneo na modalidade de andebol, tendo ficado no sexto lugar após um jogo hoje de manhã com a Eslovénia, no qual perdeu por 31-25.
Nuno Santos, que em Tarragona teve uma seleção de jovens da seleção sub-20, explicou que a estreia de Portugal nesta competição serviu para preparar o Europeu que vai decorrer em julho na Eslovénia, estando a seleção portuguesa no Grupo D com a França, Dinamarca e Hungria.
"A participação nestes Jogos no início estava prevista na preparação para o Europeu, no entanto não podíamos perder a oportunidade de competir com gente mais velha, gente com um nível de maturidade maior do que o nosso. Decidimos participar, mas isso implicou uma preparação diferente. É jogar. Tem os seus prós e os seus contras. Só agora, no fim, vamos ver os resultados desta forma de preparação", descreveu Nuno Santos.
No entanto, o selecionador nacional de andebol já tem duas certezas: "O torneio foi muito útil para eles. Foi positivo, apesar de termos perdido um jogador".
Em causa Francisco Pereira, central de 19 anos que representa o Benfica, que em Tarragona, Espanha, se lesionou no joelho.
"Foi um risco e esse risco foi elevado porque já perdemos um atleta que não vai poder estar presente [no Europeu]. O plantel estava bastante curto e vendo todos esses inconvenientes [o balanço] acaba por não ser mau. A não ser a perda do Francisco", analisou.
Nuno Santos descreveu ainda a participação nos Jogos do Mediterrâneo, competição na qual Portugal está representado por 232 atletas em 29 modalidades, como "uma boa oportunidade de fazer cinco jogos internacionais com gente mais velha", mas preferiu deixar conclusões para mais tarde.
"Agora só o tempo dirá se foi bom ou não escolher esta modalidade de preparação", afirmou.
Quanto ao futuro desta jovem seleção, o responsável lembrou que a maioria dos jogadores presentes em Tarragona já jogam na I Divisão e disse esperar que vários venham a fazer parte das convocatórias nacionais.
"Alguns, esperamos nós, podem integrar a seleção principal. É importante conseguirmos elevar um pouco o nível dos atletas. Sabemos que é impossível meter toda a gente na seleção principal, mas se em cada grupo conseguirmos um ou dois que cheguem à seleção A, penso que é um bom trabalho", concluiu.
Portugal tem, ao nono dia de competição e véspera do encerramento dos Jogos do Mediterrâneo, um total de 22 medalhas, três de ouro, oito de prata e 11 de bronze.
Neste evento, no qual a delegação lusa se estreia, participam 26 países.
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