A Suécia inicia a defesa do titulo europeu de andebol na quinta-feira frente à Bósnia-Herzegovina, em Manheim, numa edição que conta com Portugal e abre na véspera com um previsível recorde de assistência no França-Macedónia do Norte.
Vinte anos após a conquista do seu último título, a Suécia recuperou há dois anos o cetro frente à então bicampeã Espanha (2018 e 2020), erguendo o troféu pela quinta vez, após uma final emotiva que terminou com 27-26, em Budapeste.
O encontro inaugural entre a França e a Macedónia do Norte, do Grupo A, que antecede o Alemanha-Suíça, irá decorrer no Merkur Spiel-Arena, casa do Fortuna Dusseldorf, que possui uma lotação de 50 mil espetadores e que se espera venha a bater o recorde de 44 mil em recintos fechados.
O Euro2024, a disputar por 24 seleções num só país, a Alemanha, o que acontece pela primeira vez desde o atual formato da competição, reveste-se de interesse acrescido para os participantes, dado que abre vários caminhos para os Jogos Olímpicos Paris2024.
Não só o campeão europeu tem via direta para o torneio olímpico de Paris2024, a disputar de 25 de julho a 11 de agosto, como a classificação final abre três vagas, além das seleções já apuradas – a anfitriã França e a campeã mundial Dinamarca – para os torneios pré-olímpicos.
Os três torneios pré-olímpicos, a disputar em março, com quatro seleções cada e que apuram os dois primeiros para Paris2024, registam já a presença de cinco seleções europeias, através da classificação final do Mundial2023: Espanha, Suécia, Alemanha, Noruega e Hungria.
Tendo em conta os critérios do apuramento olímpico, e no caso de as equipas já apuradas e as que já garantiram a qualificação para os torneios pré-olímpicos terminarem nas posições cimeiras, as vagas ainda em aberto podem ser atribuídas até ao 10.º classificado.
A primeira fase do Euro2024 decorre com a realização de seis grupos de quatro seleções cada, em Berlim, Manheim e Munique, que apuram os dois primeiros classificados para a ‘main round’ (fase principal), composta por dois grupos de seis, em Colónia e Hamburgo.
França, campeã europeia em 2006, 2010 e 2014 e Mundial em 1995, 2001, 2009, 2011, 2015 e 2017, além de medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, 2012 e 2020, é a principal candidata ao triunfo no Grupo A, na Arena de Berlim, que integra ainda a anfitriã Alemanha, Macedónia do Norte e a Suíça.
A Alemanha, campeã europeia em 2004 e 2016 e mundial em 1938, 1978 e 2007, é a principal adversária dos gauleses na luta pela liderança do grupo e consequente passagem à ‘main round’, já que Macedónia do Norte e Suíça não devem ter hipóteses.
No Grupo B, na Arena de Manheim, a Espanha, bicampeã europeia em 2018 e 2020 e campeã mundial em 2005 e 2013, e a Croácia, medalha de ouro olímpica em 1996 e 2004 e do mundo em 2003, para além de vice-europeia em 2008, 2010 e 2020, são os favoritos à fase seguinte.
A Espanha, destronada pela Suécia no último Europeu, em que procurava igualar o ‘tri’ dos nórdicos (1998, 2000 e 2002), e a Croácia decidem, em princípio, entre si a primeira posição do grupo, que integra ainda as seleções da Áustria e da Roménia.
O Grupo C, no Olympiahalle de Munique, é um dos mais equilibrados do Euro2024, com Islândia, bronze no Euro2010 e prata dos JO Pequim2008, Hungria, vice-campeã mundial em 1986, e a Sérvia, vice-europeia em 2012, a partirem com ligeira vantagem sobre Montenegro.
No Grupo D, na Arena de Berlim, a Noruega, bronze no Euro2020 e prata nos Mundiais de 2017 e 2019, e a Eslovénia, vice-campeã europeia em 2004 e bronze no Mundial2017, são os favoritos, mas Polónia e Ilhas Faroé podem baralhar as contas.
A campeã em título Suécia, que para além de ter erguido o troféu em 1994, 1998, 2000, 2002 e 20022, sagrou-se campeã mundial em 1954, 1958, 1990 e 1999 e vice-campeã olímpica em 1992, 1996, 2000 e 2012, é a candidata destacada ao triunfo no Grupo E, na Arena Manheim.
Os Países Baixos perfilam-se como o único adversário capaz de fazer frente aos nórdicos, e por isso de lutar pelo acesso à ‘main round’, para o que terão que se impor nos jogos com as restantes seleções do grupo, Bósnia-Herzegovina e Geórgia.
O Grupo F, no Olympiahalle, que integra a seleção portuguesa, o superfavorito ao primeiro lugar e um dos crónicos candidatos ao título é a tricampeã mundial Dinamarca (2019, 2021 e 2023), igualmente campeã europeia em 2008 e 2012 e olímpica no Rio2016.
Portugal surge como o segundo candidato no grupo, e por isso mesmo com via aberta para a ‘main round’, mas para isso terá que demonstrar o seu valor frente às seleções da República Checa e da Grécia, que espreitam um deslize dos lusos.
Os dois primeiros classificados dos grupos A, B e C qualificam-se para o Grupo I da ‘main round’, em Colónia, e os dos D, E e F para o Grupo II, em Hamburgo, transitando com os pontos somados apenas no jogo disputado entre si.
As meias-finais e a final vão ser disputadas em Colónia, entre 26 e 28 de janeiro.
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