João Fernando (35.º) foi o primeiro português a entrar no tatami da ABHA Arena nesta quarta-feira, com o judoca do Sporting a ceder frente ao cazaque Abylaikhan Zhubanazar (22.º), com um ‘uchi mata’, num encaixe às pernas, que tentou em todo o combate.
O ‘golpe’ de Zhubanazar teve, finalmente, eficácia a 01.31 minutos do final, com um ippon e para desilusão de João Fernando, que em -81 kg procura somar pontos na qualificação para os Jogos Olímpicos, categoria também de Anri Egutidze.
Egutidze, que em Mundiais tem uma medalha de bronze em 2021, optou já este ano por regressar aos -81 kg, depois de ter tentado subir aos -90 kg.
O judoca do Benfica (47.º), que esteve isento na primeira ronda, não conseguiu superar o tajique Shodmon Rizoev (53.º), num combate em que esteve tapado por castigos e foi impotente para anular uma desvantagem de waza-ari, ainda a 02.11 do final.
Rizoev tentou sempre arrastar o combate para o solo, com o avançar do cronómetro a não ser favorável ao judoca português, sem capacidade para fazer as pegas.
Este quarto dia dos Mundiais, destinado às categorias intermédias, ficou também marcado pela expulsão de três espetadores das bancadas da ABHA Arena, por apresentarem símbolos pró-Rússia.
Os adeptos, que se recusaram a retirar o adereço, a fita de São Jorge, de listras pretas e laranjas, símbolo de fogo e pólvora e que evoca o nacionalismo russo na segunda guerra mundial, foram expulsos do recinto.
A Federação Internacional de Judo permitiu o regresso de judocas russos e bielorrussos nestes Mundiais de Doha, com estatuto neutro, conforme recomendação do Comité Olímpico Internacional, numa decisão que levou, em contrapartida, a um boicote da Ucrânia, país invadido pela Rússia.
Portugal fecha nos dois próximos dias a sua participação nestes Mundiais, na quinta-feira com Joana Crisóstomo a competir em -70 kg, e na sexta com Patrícia Sampaio em -78 kg.
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