A Agência antidopagem R«russa (RUSADA) retomou hoje os controlos de doping após três meses parada devido à pandemia de covid-19, tendo adotado medidas e cuidados para prevenir o contágio nos próximos tempos.

Segundo Margarita Pajnostkaya, sub-diretora da RUSADA, a agência russa adotou métodos e recomendações definidas pelas autoridades de saúde locais e da Agência Mundial Antidopagem (AMA).

O regresso à atividade, apenas com inspetores que tenham testado negativo ao novo coronavírus, acontece num país com cerca de 545 mil casos confirmados de covid-19 e mais de sete mil mortos.

O desporto na Rússia continua marcado pelos sucessivos escândalos de doping, o último dos quais levou à nomeação de um novo presidente na federação de atletismo (FRA), após a conivência da antiga liderança com atletas e equipas técnicas condenadas.

A Federação Internacional de Atletismo, a World Athletics, limitou, em março, a 10 os atletas neutrais que a Rússia poderia enviar aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021, bem como a Mundiais e Europeus.

Ainda assim, essa participação, de atletas como os campeões do mundo Maria Lasistkene (salto em altura), Anzhélika Sidorova (salto com vara) ou Sergei Shubenkov (110 metros barreiras), está condicionada ao pagamento de cerca de 4,4 milhões de euros por parte da FRA.

Este organismo já disse que não consegue pagar até 01 de julho, o prazo definido pela World Athletics, inflexível na data limite, pelo que estes atletas correm o risco de falhar a prova.

A AMA castigou este ano a Rússia com quatro anos de 'isolamento', deixando os seus atletas a terem de participar sob bandeira neutra nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, no próximo ano, e nos Jogos de Inverno Pequim2022, entre outras provas.