A Associação Portuguesa de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) manifestou hoje apoio à realização de eventos desportivos, culturais ou institucionais, independentemente da sua dimensão, natureza e característica, com regras claras para todos.
“Queremos claramente afirmar, que apoiamos a organização e a realização de eventos; que a sua concretização tem de ser efetuada no estrito cumprimento das regras sanitárias, mas também no estrito cumprimento de todas as outras regras (que por estes dias não parecem ser uma prioridade): planeamento adequado, segurança, legalidade, gestão de risco, impacto ambiental, satisfação dos objetivos, entre outras”, refere em comunicado.
A APECATE recorda que o setor dos eventos é um dos que maior impacto negativo tem tido com a crise da Covid-19.
Desde que foi anunciado pelo Governo a abertura do setor a partir de 01 de junho, mediante determinados requisitos, a associação refere que tem vindo a trabalhar nas linhas de orientação para que essa abertura fosse possível no estrito cumprimento de regras que pudessem ser cumpridas por todos os agentes (organizadores clientes, parceiros, participantes).
“Por isso mesmo, elaborámos o Manual de Boas Práticas, dialogámos com a Secretaria de Estado, mas desde essa data, que aguardamos por um entendimento claro da DGS. Apesar de reivindicarmos orientações específicas e claras para o setor, o que tem ocorrido é uma análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar”, lamenta.
A APECATE defende, ao inverso, que a aposta tem de estar do lado dos agentes e dos participantes, com regras claras, treinadas e assimiladas com o tempo que tudo o que é gestão de crise e gestão de risco envolve.
“Acreditamos que a abertura dos eventos desportivos, culturais, corporativos, com regras claras, aceitando e implementando as regras de conduta perante a situação provocada pela Covid-19, são a fórmula para incentivar o crescimento do setor e trazer mais confiança a clientes e participantes. Só a multiplicação de bons exemplos e a abordagem sem alarmismos dos mesmos, fará com que os eventos regressem em força”, refere a associação.
“Apoiamos as medidas do Turismo de Portugal e de outras entidades no reforço do posicionamento internacional de Portugal na captação de eventos, assim como nos encontramos a apresentar contributos para a mudança de paradigma nos fundos de captação de eventos, valorizando outras dimensões da nossa oferta que não apenas o número de dormidas”, acrescenta.
A APECATE defende assim a “emissão de regras claras, e a aposta clara na formação, educação e sensibilização de todos os envolvidos na organização, produção e participação nos eventos”.
“Só com a colaboração de todos, os riscos serão minimizados e os eventos poderão ocorrer de acordo com a nova situação”, afirma.
A associação termina dizendo que "continuará determinada e resiliente a apoiar" os associados na concretização dos seus projetos e no esclarecimento de questões que possam surgir no âmbito da atividade, acrescentando que combaterão "determinados, os que pretendem simplesmente difamar um setor que contribuiu nos últimos anos para o crescimento económico do país, para a sua afirmação internacional e que é responsável por milhares de postos de trabalho que estão neste momento em perigo".
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