Depois de ter saído em liberdade condicional, em janeiro, Oscar Pistorius vive uma vida recatada numa mansão de um tio, em Pretória, na África do Sul. Após ter morto a sua namorada, Reeva Steenkamp, com quatro tiros, em 2013, o antigo atleta paralímpico foi condenado a 13 anos e cinco meses de prisão, mas acabou por sair em liberdade depois de cumprir metade da pena.

Numa reportagem publicada pelo 'New York Post', Pistorius não tem relação com os antigos amigos e vive em Waterkloof, um rico subúrbio que conta com guardas armados, defesa eletrónica e, alegadamente, até cães de guarda.

O antigo atleta não pode entrar em contacto com a família da antiga namorada e está ainda impedido de prestar entrevistas, publicar livros de memórias e até publicar nas redes sociais, para além de estar sujeito a testes de álcool e drogas.

A mesma fonte avança ainda que Pistorius tentou arranjar trabalho no Comité Paralímpico Internacional, mas viu a hipótese ser rejeitada.

"Ele tentou falar com pelo menos dois membros do Comité Paralímpico Internacional nos últimos meses, em busca de uma forma de parceria ou até para trabalhar no organismo. Mas ninguém o quis sequer ouvir. Ele é demasiado tóxico para trabalhar com alguém. Aqui não há nada para ele", assumiu um dos membros do Comité ao 'New York Post'.

Contudo, é sabido - na documentação da liberdade condicional - que Oscar Pistorius realiza trabalho de voluntariado, de manutenção e limpeza, na NG Kerk Waterkloof, uma igreja neerlandesa para reformados, que é frequentada pelo tio.

Outra fonte adiantou ainda ao jornal americano que quase não reconheceu o atleta quando o viu: "Eu quase não o reconheci. O cabelo dele está mais longo e tem barba. Também não está tão magro quanto eu esperava. Nunca saberias que ele foi um atleta, ele simplesmente não é o mesmo".

"Ele não é amigável, nem extrovertido. Não sei se alguma vez o vi esboçar um sorriso. Ele é apenas uma sombra do que já foi", afirmou um membro da igreja.

O antigo campeão paralímpico de dos 200 metros em Atenas'2004 e dos 100, 200 e 400 metros em Pequim'2008 vai continuar em liberdade condicional até ao final de 2029, sendo obrigado a vários testes e a assistir a cursos contra a violência doméstica.

De recordar que, no Dia dos Namorados em 2013, Pistorius assassinou a namorada, de 29 anos, com tiros através da porta da casa de banho, o antigo atleta alegou ainda que pensava tratar-se de um ladrão.