O CEO da Sport Integrity Global Alliance enalteceu hoje a “grandeza da personalidade” do presidente do Comité Olímpico de Portugal, ao entregar-lhe o SIGA Special Recognition Award, com José Manuel Constantino a partilhar o galardão com a sua equipa.
“O desporto precisa de heróis […]. A vossa presença é muito importante, porque traduz também o vosso reconhecimento em relação a um desses heróis. E uso o termo com a perfeita consciência do peso, da responsabilidade e do simbolismo que ele encerra”, declarou Emanuel Macedo de Medeiros, no início do seu extenso elogio ao homenageado.
Numa cerimónia na sede do Comité Olímpico de Portugal (COP), em Lisboa, o CEO global da Sport Integrity Global Alliance (SIGA) notou que “a longa fileira de distinções, de prémios, condecorações e honras” que lhe foram atribuídos a José Manuel Constantino “falam por si e dizem bem da grandeza da personalidade” do dirigente, “a quem o desporto português muito deve”.
“O SIGA Special Recognition Award é um prémio precioso, raro, atribuído àquelas personalidades que se distinguiram prestando à integridade do desporto os mais relevantes serviços, na promoção, na salvaguarda desses mesmos ideais. E, por isso, foi naturalíssimo para mim propô-lo e para o Council aprovar por unanimidade e aclamação e à assembleia-geral […] reforçar essa aprovação unânime”, referiu.
Com a atribuição deste prémio – Constantino foi uma das duas personalidades distinguidas este ano -, a SIGA pretendeu “aclamar a pessoa, o dirigente desportivo, o intelectual, o líder José Manuel Constantino”, enumerou Medeiros, destacando o “legado” do presidente do COP, num percurso em que “nunca hesitou, nunca teve dúvidas” em defender uma aliança mundial para a integridade no desporto.
“Este prémio é inteiramente merecido, mas, mais do que isso, é oportuno para nos fazer lembrar que na vida há causas pelas quais devemos bater-nos independentemente das circunstâncias e das consequências”, disse ainda o CEO da SIGA, evidenciando o facto de Constantino ter escolhido “sempre o caminho das pedras”, aquele que faz “os líderes”.
Perante uma plateia composta de presidentes federativos e funcionários do organismo olímpico, o presidente do COP quis partilhar a distinção com aqueles que o inspiraram no passado e o apoiam no presente.
“Quando, em 1967, com 17 anos, vim estudar para Lisboa o meu objetivo era ser professor de Educação Física e, durante a minha formação, a única ambição que tive além desta era um dia ser diretor do Estádio Nacional […] Tenho-me interrogado ao longo da vida, porque é que as coisas tiveram o sentido que tiveram […] e só encontro uma explicação: tive o privilégio, ao longo da minha formação, de ter contactado, apreendido, e partilhado a vida com grandes figuras do desporto nacional”, defendeu.
O dirigente olímpico mencionou José Esteves, Alfredo Melo de Carvalho, José Maria Noronha Feio, e José Teotónio Lima, considerando que estes “ajudaram a moldar” a sua perceção sobre o desporto e a sua importância.
“Aprendi com eles a defesa intransigente da prática do desporto como elemento de natureza formativa”, recordou, argumentando que esta “suscita comportamentos que ajudam os homens e as mulheres a serem seres menos imperfeitos”.
Assumindo-se “militante de um desporto limpo de qualquer suspeitas quanto à sua integridade e governação”, o presidente do COP prosseguiu a sua intervenção destacando o trabalho daqueles que o acompanham no organismo olímpico.
“Quero chamar a atenção que o trabalho que aqui desenvolvemos não é um trabalho isolado. Eu sou apenas um elemento de uma equipa que me acompanha. E por mais brilhante que eu pudesse ser, se essa equipa não me acompanhar, os resultados não são alcançados”, salientou.
Constantino destacou os presidentes das federações e os funcionários do COP: “Eu sou apenas a pessoa que os orienta, mas eu dependo deles. Se eles não corresponderem à minha orientação, naturalmente os objetivos não são alcançados”.
Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, enalteceu “a entrega, o trabalho, o desenvolvimento e a capacidade de interligação” de José Manuel Constantino, mas também a sua “enorme humildade”.
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