O Ministério Público sul-africano pediu hoje o aumento da pena de prisão do atleta Oscar Pistorius dos seis anos a que foi condenado pelo assassínio da sua noiva, Reeva Steenkamp, para os 15 anos.
A acusação classificou de “escandalosamente leve” a pena de Pistorius, considerando não existirem atenuantes que justifiquem uma sentença menor do que a mínima contemplada na lei sul-africana para a acusação de assassínio.
A procuradora Andrea Johnson apresentou os seus argumentos perante o Supremo Tribunal de Recurso.
Johnson recordou que Pistorius disparou quatro vezes, que era uma pessoa treinada, não vulnerável e falou de brutalidade no momento de cometer o assassínio, além de questionar que sinta verdadeiro arrependimento.
O tribunal também ouviu a defesa, liderada pelo advogado Barry Roux, que voltou a argumentar que o atleta disparou por medo e que não tinha na altura as próteses que substituem as suas pernas, amputadas quando era criança.
A audiência de hoje dá início a um processo em que a justiça sul-africana deverá decidir se revê uma segunda vez a sentença de Pistorius.
O atleta foi condenado a cinco anos de prisão em outubro de 2014 e, depois de um primeiro recurso da acusação, a pena foi aumentada para seis anos em 2016.
Pistorius, que não esteve presente na audiência, faz 31 anos este mês. Na madrugada de 14 de fevereiro de 2013 matou a sua noiva na sua casa em Pretoria, ao disparar quatro vezes através da porta fechada da casa de banho, alegando pensar que no local se encontrava um assaltante.
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