A portuguesa Vera Barbosa disse hoje esperar que o seu melhor seja suficiente para chegar às semifinais dos 400 metros barreiras nos Mundiais de atletismo, em Eugene, nos Estados Unidos, na terça-feira.

“Neste momento estou bem, física e mentalmente. Estou preparada para dar o melhor de mim. Acho que é possível passar para as meias-finais, espero que seja possível, porque fazer o meu recorde pessoal é um pouco puxado, mas, pelo menos, quero fazer o meu melhor deste ano”, afirmou a barreirista do Sporting.

Antevendo a sua segunda presença em Mundiais, 11 anos depois, a atleta natural de Vila Franca de Xira, de 33 anos, vai procurar bater os 56,37 segundos alcançados em Madrid, no passado mês de junho, nas eliminatórias dos 400 barreiras, a partir das 17:15 locais (02:15 de quarta-feira em Lisboa).

Vera Barbosa conseguiu regressar a grandes competições, depois de ter estado nos Jogos Olímpicos Rio2016, sem superar as eliminatórias, e Londres2012, onde chegou às meias-finais e estabeleceu o seu recorde pessoal em 55,22.

“No ano passado ‘morri’ na praia, fiquei a três posições de ir a Tóquio2020, foi um ano muito puxado, em que andei sempre a correr atrás do prejuízo e, infelizmente, não deu. Este ano, com Europeu e Mundial, receei que não conseguisse estar aqui, porque, em março, tive uma pequena microrrotura, mas consegui, estou cá e vou dar o meu melhor”, prometeu.

A barreirista lusa qualificou-se com a 40.ª posição do ‘ranking’ mundial, apresentando-se à partida dos 18.ºs campeonatos do mundo com a 36.ª marca do ano, numa hierarquia liderada pela norte-americana Sydney McLaughlin (51,41), campeã olímpica e vice-campeã mundial.

Para avançar para as semifinais, Vera Barbosa tem de ficar entre as quatro primeiras da eliminatória ou alcançar um dos quatro melhores tempos entre as restantes.

Vera Barbosa protagonizou a melhor presença lusa na prova, ao terminar em 24.º lugar em Daegu2011.

Depois de Eugene2022, Vera Barbosa promete “tentar ir à final” dos campeonatos da Europa, que vão ser disputados em Munique, na Alemanha, entre 15 e 21 de agosto, apesar de reconhecer que a concorrência “anda a correr a 51”.