A qualificação para o atletismo nos Jogos Olímpicos e para os Mundiais da modalidade vai continuar a ser feita através do atual sistema misto, baseado em mínimos e 'rankings', anunciou hoje a World Athletics.
O conselho do organismo mundial do atletismo decidiu manter pelo menos até Paris2024 o modelo atual, com ligeiras alterações em provas de meio-fundo e maratona, comprometendo-se ainda a rever, até final de 2022, o sistema de 'ranking' e os pontos atribuídos aos atletas.
No sistema atual, pretende-se que cerca de metade das vagas para as provas seja atribuída a quem supere uma marca fixada (os 'mínimos'), enquanto as vagas remanescentes são atribuídos aos mais bem classificados no 'ranking', em que se valoriza a importância das provas e o lugar conseguido, além das marcas.
Para os Jogos Olímpicos de Paris, a qualificação para a maratona poderá ser fechada mais cedo, até 06 de fevereiro de 2014, para permitir uma preparação mais estruturada dos atletas.
Assim, na primeira semana de fevereiro ficam confirmados os atletas que fizeram mínimos, mas também aqueles que estejam nos 65 primeiros lugares do 'ranking' filtrado (três atletas por país).
A ideia é permitir a formação de seleções mais cedo e também a realização de 'trials' (provas de seleção) para as nações mais fortes.
Por outro lado, qualquer delegação pode mudar uma outra vaga olímpica para a maratona, desde que esse atleta tenha corrido abaixo de 2:11.30 e 2:29.30 horas, na 'janela' de obtenção de marcas.
Para as provas de 5.000 e 10.000 metros, a novidade é a inclusão dos registos das provas de estrada, 5.000 km e 10.000 km, em condições de igualdade. Ou seja, será possível qualificar-se para a prova de pista apenas disputando corridas de estrada.
Para os 10.000 metros nos Mundiais de pista, também acediam os melhores 15 dos Mundiais de corta-mato - agora, passam a ser os oito mais bem classificados no 'ranking' específico de corta-mato, formado com base nos resultados das provas do circuito mundial.
Outra alteração hoje anunciada prende-se com o Mundial de estafetas, que passa de bienal a anual. Servirá de qualificação para os Jogos, em ano olímpico, mantendo também a aposta de maior visibilidade nas estafetas menos comuns (mistas e de percursos desiguais).
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