A atleta de 29 anos, nascida nos Camarões e que conta com nacionalidade portuguesa desde outubro de 2019, conseguiu bater o recorde nacional (18,82 metros atingidos no sábado) no segundo ensaio de uma prova de preparação que decorreu em Leiria, com 18,90 metros, mas fez ainda melhor no sexto e último ensaio, com 19,27 metros.

“Estou feliz com o recorde, especialmente por ter conseguido melhorar duas vezes em competição. Foi muito bom. Eu trabalho diariamente para ser cada vez melhor e foi o que conseguimos fazer hoje”, disse, em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).

Auriol Dongmo salientou que ter conseguido mais do que os 19 metros é demonstrativo da sua “vontade de trabalhar e melhorar”.

Dongmo registou hoje as duas melhores marcas mundiais do ano (19,27 m e 18,90 m), batendo os registos das canadianas Brittany Crew (18,88m) e Sarah Miton (18,84 m), numa época atípica, marcada pela interrupção das competições devido à pandemia de COVID-19.

A atleta foi autorizada pela World Athletics a competir por Portugal a partir de 26 de julho de 2020, informou em março a FPA.

A prova, intitulada ‘Guerra dos Sexos’, decorreu em Leiria e juntou quatro atletas masculinos e quatro femininos. No setor masculino, a melhor marca do dia foi do atleta do Benfica Tsanko Arnaudov, com 20,11 metros, numa competição ganha pelas mulheres.

O recordista nacional masculino afirmou que o formato da competição é motivador.

“Estou muito contente por estarmos de novo a competir e espero que algumas destas iniciativas venham para ficar, pois é um modelo muito interessante. Espero conseguir a desforra para os homens”, disse Tsanko Arnaudov.

No final da competição, Jorge Vieira, presidente da FPA, estava satisfeito com o modelo do evento e enalteceu “o excelente resultado” de Auriol Dongmo, com um “recorde de Portugal de grande valia”.