O velocista cubano do Benfica Reynier Mena conseguiu no domingo a 10.ª melhor marca de sempre nos 200 metros, a terceira do ano, tendo assegurado, em declarações ao clube, que ainda ambiciona mais.

“Esta marca confirma que a aposta foi certa, concretiza o sonho de seguir a minha carreira e faz-me sentir que o trabalho compensa. Agora, quero consolidar as marcas e melhorar, para, brevemente, poder representar o Benfica e Portugal nas grandes competições internacionais”, afirmou Reynier Mena, de 25 anos, em declarações à agência Lusa.

O cubano, que tinha como recorde pessoal os 20,04 alcançados em 10 de junho, em Lisboa, correu no domingo os 200 metros em 19,63 segundos numa das eliminatórias do ‘meeting’ de la Chaux-de-Fonds, na Suíça, um registo apenas superado este ano pelos norte-americanos Erriyon Knighton (19,49) e Noah Lyles (16,61).

Mena tornou-se no primeiro cubano a correr os 200 metros abaixo dos 20 segundos – o recorde português é de 20,01 e pertence a Francis Obikwelu desde agosto de 2006 –, depois de ficado no segundo lugar na prova dos 100 metros na ‘reunião’ suíça, com 9,99 segundos, atrás de Yupun Abeykoom, do Sri Lanka, que gastou menos três centésimos do que o ‘encarnado’.

Segundo Mena, cujo anterior recorde pessoal nos 100 metros era de 10,04, obtido em 2019, estes resultados devem-se ao “risco e à decisão de sair de Cuba e mudar de país”.

“Quero agradecer ao Benfica e a toda a equipa técnica que tornou possível este resultado, em especial a minha treinadora Ana Oliveira, vou continuar a trabalhar para ainda este ano melhorar os resultados”, já tinha dito Mena, em declarações às redes sociais do clube ‘encarnado’.

Ainda em Chaux-de-Fonds, o também cubano benfiquista Roger Valentim Iribarne, de 26 anos, venceu a competição de 110 metros barreiras, em 13,26, melhorando a sua anterior melhor marca (13,39), que remontava a maio de 2017, com o 20.º registo do ano.

Em declarações à Lusa, a treinadora do Benfica, Ana Oliveira, admitiu que as marcas alcançadas por Mena, nos 100 e 200 metros eram esperadas, tal como a de Iribarne, nos 110 metros, destacando o “muito profissionalismo, empenho e excelente adaptação ao treino e às condições sócio-desportivas” dos dois atletas.

“Eu esperava estas marcas, porque os indicadores que tínhamos tido, nas últimas provas e no treino, davam a entender que algo especial estava para acontecer. Aconteceu, agora podemos esperar tudo destes atletas, acima de tudo, que haja bom senso e que se perceba que é uma boa oportunidade para os atletas, para o Benfica e para Portugal”, afirmou Ana Oliveira.

A representação ‘encarnada’ na Suíça ficou completa com os 10,19 segundos alcançados pelo luso Frederico Curvelo nos 100 metros.