A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) revelou hoje que a campeã mundial feminina dos 400 metros Salwa Eid Naser, do Bahrein, já se encontrava sob investigação em relação a controlos inopinados.

Nasser, de 22 anos, foi na sexta-feira suspensa provisoriamente por violação das regras de combate à dopagem, por ter falhado a comunicação de um local para a realização de testes antidoping surpresa.

Hoje, a AIU revelou que a atleta está a ser investigada em relação a "três ausências de comunicação de locais", ainda antes da conquista do título mundial em outubro, o que pode colocar em risco a sua medalha de ouro.

A atleta, que representa o Bahrein, mas nasceu na Nigéria, terminou a prova dos Mundiais em 48,14 segundos, o tempo mais rápido de qualquer mulher desde 1985.

Já na sexta-feira, numa emissão em direto na rede social Instagram e transmitida pela NBC, Nasser disse que não era uma batoteira e que falhar três testes antes dos Mundiais “era normal”, que podia acontecer a todos.

Os atletas são obrigados a fornecer atualizações regulares sobre o seu paradeiro para possibilitar que as autoridades antidopagem realizem testes surpresa fora da competição.

Uma violação significa que o atleta não preencheu formulários informando as autoridades onde poderia ser encontrado ou que não estava onde disse que estaria quando os elementos do controlo antidoping chegaram.

Três violações dentro de 12 meses podem levar a uma suspensão se o atleta não puder justificar por que não estava disponível para a realização do teste.

A suspensão provisória Salwa Eid Naser é a mais recente de uma série de casos contra a equipa de elite feminina do Bahrein.

A campeã olímpica e recordista mundial dos 3.000 metros obstáculos, Ruth Jebet, de 23 anos, foi suspensa por quatro anos em março e a maratonista Eunice Kirwa, de 36, recebeu proibição idêntica em 2019, em ambos os casos por uso de substâncias proibidas.