O português Nelson Évora somou hoje mais uma medalha ao seu palmarés, ao conquistar o bronze no triplo salto dos Mundiais de pista coberta, num dia em que a etíope Genzebe Dibaba bisou no meio fundo.

Em Birmingham, Inglaterra, Nelson Évora bateu por sete centímetros o seu recorde nacional 'indoor', que datava de há 10 anos, ao 'voar' 17,40 metros, mas ficou a três centímetros do norte-americano Will Claye (17,43), medalha de prata nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, e a um do brasileiro Almir dos Santos (17,41).

A equipa de Ivan Pedroso, treinador de Évora, saiu de Inglaterra com mais duas medalhas, depois de a venezuelana Yulimar Rojas (14,63 metros) e de a espanhola Ana Peletero (14,40) terem sido primeira e terceira no triplo salto feminino, respetivamente, com a jamaicana Kimberly Williams (14,48) a ser segunda.

Depois de ter vencido os 3.000 metros, Dibaba triunfou na outra prova de meio fundo, ao conquistar o ouro nos 1.500, com um tempo de 4.05,27 minutos, à frente da britânica Laura Muir (4.06,23) e da holandesa Sifan Hassan (4.07,26), que inverteram as posições no pódio em relação aos três quilómetros.

A etíope, que já tinha sido campeã dos 1.500 metros há dois anos, igualou um feito da romena Gabriela Szabo, que, em 1999, venceu as duas provas de meio fundo.

O norte-americano Christian Coleman demonstrou ser o novo dominador da velocidade e venceu os 60 metros, com um novo recorde dos campeonatos, de 6,37 segundos.

A três dias de fazer 22 anos, Coleman passou a ter as três melhores marcas de sempre na distância, depois de ter corrido com o mesmo tempo em janeiro e de há cerca de duas semanas ter batido o recorde mundial, com 6,34.

o chinês Bingtian Su foi segundo, com um recorde asiático, de 6,42, seguido de outro norte-americano, Ronnie Baker (6,44).

Polémica foi a final dos 400 metros masculinos, uma vez que o espanhol Óscar Husillos e o dominicano Luguelín Santos foram os primeiros a cortar a meta, mas acabaram desclassificados por pisar a linha das respetivas pistas.

A medalha de ouro ficou assim para o checo Pavel Maskal (45,47), a de prata para o norte-americano Michael Cherry (45,84) e a de bronze para Deon Lendore (46,37), de Trindade e Tobago.

Invicto esta época, o polaco Adam Kszczot venceu os 800 metros, com uma marca de 1.47,47 minutos, à frente do norte-americano Drew Windle (1.47,99) e do espanhol Saúl Ordóñez (1.48,01).

Recordista mundial dos 100 metros barreiras, a norte-americana Kendra Harrison conseguiu o primeiro título em grandes competições, ao vencer os 60 metros barreiras, com 7,70 segundos, marca que é recorde dos campeonatos e ficou a dois centésimas do recorde mundial da sueca Susanna Kallur.

A norte-americana Christina Manning (7,79) foi segunda, seguida da holandesa Nadine Visser (7,84).

Eterna segunda, a norte-americana Sandi Morris venceu finalmente o ouro, ao ser a melhor no salto com vara, com 4,95 metros, recorde dos campeonatos, à frente da russa Anzhelika Sidorova (4,90) e da campeã do mundo, a grega Katerina Stefanidi (4,80).

O francês Kevin Mayer é o rei das provas múltiplas, ao vencer o heptatlo, depois de, em 2017, ter vencido o Europeu de pista coberta e o Mundial ao ar livre.

Contudo, a vitória foi difícil, uma vez que Mayer (6.348) teve apenas mais três pontos do que o canadiano Damian Warner. Na terceira posição ficou o estónio Maicel Uibo (6.265).

Numa prova em que o português Tsanko Arnaudov (19,93 metros) foi 12.º, o neozelandês Tomas Walsh sagrou-se campeão do mundo do lançamento do peso, com 22,31 metros, que é recorde dos campeonatos e da Oceânia.

Na segunda posição, ficou o alemão David Storl (21,44 metros), seguido do checo Tomas Stanek (21,44).

Nos 400 metros femininos, os Estados Unidos conseguiram a 'dobradinha', por Courtney Okolo (50,55 segundos) e Shakima Wimbley (51,47), com a britânica Eilidh Doyle (51,60) a ficar com o bronze.