Kimberly Garcia Leon conseguiu hoje para o Peru uma histórica primeira medalha em Mundiais de atletismo, e logo de ouro, com o triunfo nos 20 km marcha feminina na prova disputada em Eugene, nos EUA.
Ainda antes de começarem as provas no estádio que alberga até 24 de junho estes Mundiais, disputaram-se no exterior as provas de marcha na distância mais curta do programa, com o triunfo da peruana e do japonês Yamanishi, em masculinos, a defender o título.
Aos 28 anos, Kimberly apareceu nas provas de elite melhor que nunca e terminou em 1:26.58 horas, novo recorde nacional.
Detentora de um palmarés interessante, em que se conta, entre outros sucessos, a vitória no Grande Prémio de Rio Maior deste ano, a atleta do Peru chega finalmente ao topo.
Katarzyna Zdzieblo, da Polónia, foi segunda, com mais 33 segundos e a chinesa Shijie Qieyang terceira, com mais 58.
Para a 'chefe de fila' das chinesas, Hong Liu, confirma-se a trajetória descendente: tetracampeã mundial entre 2011 e 2019, campeã olímpica no Rio2016 e ainda bronze em Tóquio2020, no ano passado, cai para quinta, a mais de dois minutos.
A portuguesa Ana Cabecinha esteve na prova e conseguiu a sua melhor marca dos últimos três anos, com 1:30,29 horas, o que lhe dá um nono lugar que supera as suas expetativas.
Já Inês Henriques, que voltará para os 35 km marcha, não foi além do 32.º lugar, atrás da estreante Carolina Costa, que foi 25.ª.
Na prova masculina de 20 km marcha não houve surpresas e o japonês Toshikazu Yamanishi conservou o ceptro conquistado há três anos em Doha, com o tempo de 1:19.07, no que então foi a estreia na prova para os nipónicos.
Em Sapporo, nos Jogos Olímpicos, Yamanishi foi terceiro, atrás do compatriota Kobi Ikeda. Agora, trocaram de ordem na chegada, com Ikeda a ser o medalhado de prata.
Em terceiro terminou, muito perto da dupla nipónica, o experiente sueco Perseus Karlström.
A marcha só regressa ao programa destes Mundiais em 22 de julho, com as provas de 35 km, que se estreiam e substituem os extintos 50 km da especialidade.
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