O marchador João Vieira ‘herdou’ hoje a medalha de bronze nos 20 km marcha dos Mundiais de 2013, devido à desclassificação por doping do russo Alexander Ivanov, mas lamentou não ter podido recebê-la no pódio.
“Estou triste de não ter subido ao pódio naquela altura. É uma amargura que posso ter, mas não posso fazer nada contra isso, já estou habituado”, lamentou João Vieira.
Ivanov foi desapossado da medalha de ouro conquistada na prova de 20 km marcha dos Mundiais de atletismo de 2013, depois de terem sido recolhidas amostras de sangue que revelaram consumo de substâncias proibidas, e vai cumprir uma suspensão de três anos, com data de início a 02 de maio de 2017.
“Já esperava isto há algum tempo, pela quantidade de atletas russos apanhados nos últimos anos. Vais vale tarde do que nunca. As estatísticas dizem que, em casa, 18 medalhas russas nos marchadores, 17 são apanhados com doping, pelo que é sempre de esperar uma notícia destas”, criticou.
João Vieira, que tinha sido quarto classificado, subiu ao terceiro posto final, atrás do chinês Ding Chen e do espanhol Miguel Ángel Lopez.
“É uma situação idêntica à do campeonato da Europa de 2010, em que passei do bronze para a prata, também devido a [doping de] um atleta russo”, lamentou, considerando que o metal que agora lhe foi atribuído já não será alterado por qualquer situação irregular semelhante com os rivais chinês e espanhol.
Esta é a primeira medalha de João Vieira em Mundiais, juntando-a ao ‘bronze’ de 2006 nos Europeus de Gotemburgo, na Suécia, e à medalha de bronze - transformada em prata - nos de 2010, em Barcelona, na Espanha.
“Não tem um sabor diferente. Já aqui ando há bastantes anos (...) e estou contente por mais uma medalha para o meu palmarés, que tenho de alterar todos os anos devido aos russos apanhados [com doping]. Estou habituado a este historial todo”, observou.
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