A estreia da olímpica Marta Pen é a principal novidade na convocatória portuguesa para os campeonatos da Europa de corta-Mato, que se disputam em 10 de dezembro, em Samorin, Eslováquia.

Depois de um bom início de época em crosse nos Estados Unidos, onde reside, a atleta, de 24 anos, manifestou interesse em ir aos europeus e conseguiu mesmo ser dispensada de ir ao corta-mato da Amora, único momento previsto de observação para os seniores, e ficar pré-selecionada. A situação de exceção acabou por não ter 'peso' nas contas de apuramento para as outras atletas, com a FPA a convocar cinco em vez das inicialmente pensadas quatro.

Para Samorín, irão 25 atletas, com seis equipas completas, em juniores, sub-23 e seniores, masculinos e femininos (quatro em cada, com exceção dos seniores femininos, em que são cinco).

Inês Monteiro é, de longe, a atleta mais experiente do grupo, indo cumprir aqui uma 14.ª participação em europeus de crosse, 11.ª como senior. No global, fica mais destacada em número de convocatórias, e em seniores iguala Jessica Augusto e fica a um de Ana Dias e Anália Rosa.

A equipa feminina é claramente de 'viragem', com a ausência de muitos nomes ainda em atividade, que, por razões diversas, não estavam disponíveis - Dulce Félix, Jessica Augusto, Sara Moreira e Salomé Rocha, esta a melhor lusa no ano passado, com o seu 18.º lugar.

Em 2016, em Chia, Itália, Inês Monteiro foi 21.ª e é natural 'chefe de fila' de uma equipa em que Catarina Ribeiro também é experiente. Susana Godinho tem experiência como sub-23, enquanto Ana Mafalda Ferreira e Marta Pen são estreias.

Em masculinos, não há estreias no quarteto escolhido, composto por Rui Pinto, Samuel Barata, Licínio Pimentel e Hugo Almeida, mas também nenhum conta com posições de algum destaque no seu palmarés. O melhor, em termos históricos, é Licínio, com o 14.º lugar em 2009.

Rui Pinto, campeão nacional em 2015, foi o primeiro na Amora e Samuel Barata é o campeão deste ano. o surprendente campeão absoluto de 2016 é André Pereira, que está na equipa de sub-23.

Há um ano, o melhor - e único a concluir - foi Hugo Almeida, em 53.º

Portugal tem grandes tradições no crosse a nível europeu, mas nos anos mais recentes o panorama é 'desolador' e parece francamente viável fazer melhor. Desde 2013 que os seniores masculinos não fecham equipa, então com um nono lugar, e no ano passado a equipa feminina foi nona.