A 28.ª edição da Meia Maratona de Lisboa consagrou hoje o queniano Erick Kiptanui, em masculinos, e a etíope Etagegne Woldu, em femininos, como os grandes vencedores, numa prova marcada pelo vento forte que impediu quaisquer possibilidades de recordes.

Foi uma estreia de sonho para Kiptanui, que, na primeira vez em que correu a distância de 21 quilómetros, completou a prova em 1:00.05 horas, batendo o eritreu Yohanes Gebregergish e o também queniano Morris Munene Gachaga, por 11 e 12 segundos, respetivamente.

A ameaça da tempestade Felix pairava desde o início da prova. A chuva que se anunciava para a manhã acabou por dar algumas tréguas e surgiu apenas a espaços, mas o vento foi uma constante e travou mesmo o ritmo nas passagens entre Belém e Alcântara.

Longe do recorde mundial de 58.23 minutos, fixado pelo eritreu Zersenay Tadese na primeira das suas três vitórias em Lisboa (2010, 2011 e 2012) - hoje não foi além do sexto posto - a corrida revelou-se ainda assim competitiva, com 12 atletas a ficarem classificados na fasquia dos 60 minutos.

Já na prova feminina, a etíope Etagegne Woldu completou os 21 quilómetros em 1:11.27 horas e subiu ao lugar mais alto do pódio, entre as suas compatriotas Belainesh Oljira (1:11.29) e Helen Bekele Tola (1:11.33), com Filomena Costa a fechar o top-10 e a ser a melhor portuguesa (1.16.43).

Quanto às corridas de cadeiras de rodas, a brasileira Vanessa Cristina conquistou o triunfo com o tempo de 58.43 minutos, à frente de Magriet Broek (58.44) e Nikki Emerson (1:00.06), enquanto em masculinos o vencedor foi David Weir (45.39), que superou Patrick Monaghan (47.34) e John Smith (47.59).

A alteração do percurso, cuja partida passou da Ponte 25 de Abril para o Eixo Norte-Sul, devido à ameaça de mau tempo, não afetou as corridas de elites, já que estas tinham início em Algés, mas também não desmobilizou os participantes inscritos.

De acordo com a organização, a corrida contou com cerca de 32.000 corredores: 15.000 na meia e 17.000 na minimaratona.