Carlos Lopes e Susana Feitor são os portugueses ‘presentes’ no Museu da World Athletics (MOWA), enquanto Rosa Mota é esperada na terça-feira, na exposição dedicada à história da modalidade, em Budapeste, durante os 19.ºs Campeonatos do Mundo.

Um pequeno espaço no terceiro andar do mais recente centro comercial da capital húngara, o Etele Plaza, mostra os 40 anos da história dos Mundiais, desde a primeira edição, em Helsínquia1983.

A exposição segue uma ordem cronológica, por cada uma das edições dos campeonatos, recuperando a história anterior da modalidade, com a mostra de equipamentos, sapatilhas, medalhas, troféus e outros objetos, dos mais antigos aos mais recentes.

O ‘caminho’ ilustra os atuais recordes mundiais do salto em comprimento e do triplo salto, até chegar à primeira vitrine, onde cabem os objetos oferecidos por Susana Feitor.

As sapatilhas amarelas e o dorsal 574 utilizados em Helsínquia2005, quando a marchadora conquistou a medalha de prata, estão expostos ao lado do equipamento da antiga barreirista norte-americana Gail Devers e do calçado do ex-velocista britânico Jason Gardener.

Já no espaço dedicado aos anos 1970 e 1980 está o equipamento que Carlos Lopes usou nos 10.000 dos Jogos Olímpicos Montreal1976, onde o campeão olímpico da maratona em Los Angeles1984 arrebatou a medalha de prata, ao lado das emblemáticas sapatilhas azuis do meio-fundista finlandês Lasse Virén.

Fora da exposição estão as sapatilhas da vitória de Rosa Mota na maratona olímpica de Seul1988, digitalizadas e patentes no museu virtual, numa ausência compensada pela prevista presença da própria, no museu, em Budapeste, na terça-feira, a partir das 11:00 locais (10:00 em Lisboa).

Além da portuguesa, ouro mundial na maratona de Roma1987, vão estar outros 20 antigos atletas neste ‘encontro de campeões’, entre os quais Valerie Adams, Stefano Baldini, Colin Jackson, Robert Korzeniowski, Christine Ohuruogu, Daley Thompson, Lasse Viren e Kevin Young.

Entre vários simbólicos objetos, sendo os mais comuns as sapatilhas, os equipamentos e os dorsais, contam-se ainda outros mais bizarros, como os engenhos do lançamento do disco ou um saco com areia das caixas de saltos.

Há também painéis sobre cada uma das disciplinas, cada um dos continentes, e edições de Jogos Olímpicos, assim como alguns espaços mais interativos, a cativar as fotografias dos visitantes em blocos de partida ou junto à barra colocada nos 2,45 metros do recorde do mundo do salto em altura do cubano Javier Sotomayor.

Os ‘heróis’ húngaros do atletismo têm um ‘canto’ neste museu, que celebra o aniversário, com praticamente todas as camisolas dos países presentes na edição inaugural, Portugal incluído.

A exposição está disponível em Budapeste até domingo, último dia dos Mundiais de 2023.