
O sueco Armand Duplantis e o norte-americano Grant Holloway confirmaram em Nanjing, China, que são os melhores da atualidade na vara e nas barreiras, respetivamente, ao conseguirem terceiro título mundial consecutivo na pista coberta.
No segundo dia dos Mundiais 'indoor', Portugal só teve em ação Abdel Larrinaga, que passou uma ronda dos 60 metros barreiras, e Patrícia Silva, que avança para a final dos 800 metros de domingo, juntando-se assim, na última jornada de Nanjing2025, aos também finalistas Gerson Baldé (comprimento) e Isaac Nader e Salomé Afonso (ambos nos 1.500 metros).
Duplantis, a estrela maior destes campeonatos, e um dos poucos estrangeiros reconhecidos pelo público chinês, teve desta feita um pouco mais de oposição, já que o grego Emmanouil Karalis foi brilhante segundo, com 6,05 metros.
Até essa altura, Duplantis e Karalis fizeram um concurso perfeito e já se desenhava a repartição da medalha de ouro.
A 6,10, Duplantis finalmente derrubou, para passar por muito pouco ao segundo salto. Quanto a Karalis, era claro que essa altura já não era para ele, derrubando duas vezes e, em desespero, mandar subir para 6,15 para ensaio único, também falhado.
O sueco 'limpava' a 6,15 e era vencedor, com mais trabalho do que seria de esperar. Claramente cansado, não atacou o seu recorde do mundo, de 6,27.
Reforça, no entanto, o seu lugar na história da modalidade, ao superar a fasquia a mais de 6,00 metros por 100 vezes - 102 vezes, após o concurso de hoje.
Logo depois do ouro de Duplantis, Holloway também foi à tripla, nos 60 metros barreiras, em que segue invencível há 11 anos. Desta vez, correu em 7,42 segundos, à frente do francês Wilhem Belocian (7,54).
Grant Holloway é o primeiro triplo campeão do mundo em sala (2022, 2024 e 2025), a que junta a tripla em 110 metros barreiras (2019, 2022 e 2023).
O português Abdel Larrinaga esteve na competição, passando uma ronda, repescado por tempo, mas ficando-se depois pelas semifinais.
Grande estrela do meio-fundo presente em Nanjing é o norueguês Jakob Ingebrigtsen, hoje campeão nos 3.000 metros, um dia antes de alinhar nos 1.500, também com objetivo vencedor - para repetir o duplo sucesso dos Europeus de Apeldoorn, há duas semanas.
Venceu em 7.46,09 minutos, com alguma oposição do etíope Berihu Aregawi (7.46,25). Sempre bem colocado, o norueguês passou para a frente na última volta, com reação do etíope, finalmente largado nos 50 metros finais.
Na mesma distância, mas para o setor feminino, a primeira foi a etíope Freweyni Hailu, em 8.37,21, à frente da norte-americana Shelby Houlihan (8.38,26), esta época de regresso após uma suspensão de quatro anos por doping.
Nos 400 metros, a britânica Amber Anning foi creditada em 50,60 segundos, superando no sprint pelo ouro por três centésimos apenas a norte-americana Alexis Holmes.
Já na corrida dos homens, houve tripla para os Estados Unidos, com Christopher Bailey (45,08) à frente de Brian Faust e Jacory Patterson.
Em outra final do dia, a cubana Leyanis Perez ganhou em 14,93 metros o triplo salto, aproveitando muito bem a ausência da grande campeã Yulimar Perez, da Venezuela.
Nos 60 metros, a suíça Mujinga Kambundji cortou a meta em 7,04, dois centésimos à frente da campeã da Europa, a italiana Zaynab Dosso.
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