A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) assegurou hoje que os problemas com a viagem de um terço da seleção nacional que vai participar nos Mundiais Budapeste2023 estão resolvidos, segundo o Diretor Técnico Nacional.

“À partida, estão resolvidos todos os problemas. Foi uma situação inédita e inesperada. Os atletas têm de ir primeiro. Por exemplo, eu, grande parte dos oficiais e só a atleta Liliana Cá, que não compete nos primeiros dias, é que vamos ficar para chegar amanhã [no sábado]”, explicou José Santos, em declarações à agência Lusa.

A comitiva de 29 elementos da seleção portuguesa que vai disputar a 19.ª edição dos Mundiais de atletismo ficou retida, na quinta-feira, no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, devido ao cancelamento do voo para a capital húngara, atrasando a viagem de, pelo menos, 12 atletas.

“Eu digo aparentemente, porque tem sido um caos com esta situação que não estávamos à espera. A companhia aérea (Lufthansa) não tem facilitado, mesmo tratando-se de atletas. Nunca me tinha acontecido”, admitiu o responsável técnico.

O primeiro português a competir em Budapeste2023, nas ruas da capital húngara, é o marchador João Vieira, nos 20 quilómetros marcha, no sábado, a partir das 08:50 locais (07:50 em Lisboa), que está no grupo retido em Frankfurt.

Ainda no primeiro dia de competição, vão estar Francisco Belo e Tsanko Arnaudov, na qualificação para o lançamento do peso – cuja final é ainda disputada na sessão noturna de sábado –, Marta Pen, Salomé Afonso e Isaac Nader, nas eliminatórias para os 1.500 metros, Tiago Luís Pereira, no triplo, e a estafeta mista de 4x400 metros, que será constítuida por quatro de seis atletas (João Coelho, Omar Elkhatib, Ricardo Santos, Cátia Azevedo, Carina Vanessa e Fatoumata Diallo).

De acordo com José Santos, estes atletas vão chegar ainda hoje à capital húngara, após serem divididos em grupos e mediante várias soluções encontradas, entre voos diretos desde Frankfurt a ligações com escala em Viena e Amesterdão.

O cancelamento do voo entre Frankfurt e Budapeste ocorreu depois de a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) ter confirmado a ausência da competição de Pedro Pablo Pichardo, campeão olímpico, mundial e europeu do triplo salto.

Com a desistência de Pichardo, confirmada na quinta-feira, devido à lombalgia que o afastou de grande parte da temporada ao ar livre, Portugal ficou sem os dois medalhados olímpicos, depois de Patrícia Mamona também ter ficado afastada por lesão, contando com 28 atletas em 21 provas na 19.ª edição dos Campeonatos do Mundo de atletismo, aos quais chega com um historial de 23 medalhas, sete de ouro, sete de prata e nove de bronze.