Pela primeira vez, um triplo saltador chega às quatro medalhas em Campeonatos do Mundo de atletismo - a proeza é do português Nelson Èvora, hoje em Londres.

Mais, era 'realisticamente' impossível, mas para aquilo que parecia ser o seu limite, Nelson Èvora não desiludiu, com o bronze. Os norte-americanos Christian Taylor (17,68) e Will Claye (17,63) estão, mesmo, noutro patamar.

Nelson segurou o bronze por escassos três centímetros sobre a mais direta concorrência, a um centímetro do seu melhor do ano, que então lhe valeu o título europeu 'indoor'.

Ainda mais curta foi a definição da prata dos 200 metros, a corrida que comprovou que o sul-africano não é mesmo o novo Usain Bolt. Por um milésimo segurou o segundo lugar do pódio, evitando o que seria uma surpresa ainda maior.

Venceu o turco Ramil Gulyev - primeiro grande sucesso da carreira - em 20,09, dois centésimos à frente de van Van Niekerk e do trinitário Jereem Richards.

Estes, só uma análise aprofundada do 'photo-finish' permitiu apartar, com o sul-africano a chegar um milésimo de segundo mais cedo à meta.

Isaac Makwala, do Botswana, regressado de uma quarentena de 24 horas imposta, esteve muito bem na véspera, nas séries e 'meias', mas hoje fraquejou e só foi sexto.

Na outra final, os 400 metros barreiras femininos, o pendor das apostas ia para o trio das norte-americanas, que nos 'trials' dos Estados Unidos tinham baixado dos 53 segundos, bem mais que para a dupla campeã em título, a checa Zuzana Hejnova.

A melhor na prova das barreiras acabou por ser Kori Carter, dos Estados Unidos (53,07), à frente da sua compatriota Dalilah Muahamad (53,70). Com um recorde pessoal a 53,74, a jamaicana Ristananna Tracey chegou ao bronze.

Com o resultado de Nelson Évora, Portugal já entra na listagem de países medalhados e com posições de top-8, ambas reforçadamente lideradas pelos Estados Unidos, depois de mais duas 'dobradinhas'.

Nas medalhas, os Estados Unidos chegam a 19 medalhas (6/7/6) e são seguidos por Quénia (3/1/3), África do Sul (2/1/2) e China e Polónia (1/2/1).

Portugal ocupa o grupo dos 29.ºs, os países que ainda só arrecadaram uma medalha e é de bronze.

Por pontos, os primeiros são Estados Unidos (166) e seguem-se Quénia (76), Jamaica (62), Polónia (51) e China (49). Portugal aparece em 36.º, com seis pontos.