Portugal não conseguiu escapar ao último lugar na Superliga europeia de atletismo, que terminou hoje em Chorzow, e regressa na próxima edição à primeira liga do Campeonato da Europa de seleções da modalidade.

A vitória de hoje de Isaac Nader nos 3.000 metros juntou-se ao triunfo de Liliana Cá, no sábado, o que foi insuficiente para contrariar uma sucessão de classificações menos boas, a que nem sequer escaparam os campeões europeus 'indoor' Pedro Pichardo, Auriol Dongmo e Patrícia Mamona.

Com sete seleções no estádio Silésia, em Chorzow, Portugal foi destacado último, com 97,5 pontos, contra 140 da França, a seleção que o antecedeu. Com Portugal, desce de divisão a Ucrânia, ausente de última hora, por ter casos positivos ao novo coronavírus entre elementos da sua delegação.

O título europeu foi decidido apenas na última prova, a estafeta 4x400 metros, quando a então líder Grã-Bretanha falhou uma transmissão, 'dando' assim o primeiro lugar final à Polónia, que revalida o título que defendia.

Após dois dias de competições, a Polónia totalizou 181,5 pontos nas 40 provas do programa, sendo seguida no pódio pela Itália, com 179, e Grã-Bretanha, com 174,5. Os quarto e quinto postos foram para a Alemanha (171) e Espanha (167).

O setor dos lançamentos acabou por ser aquele que rendeu melhores resultados de topo, em termos absolutos.

Depois dos 96,29 metros no dardo do alemão Johannes Vetter no sábado (terceira marca de todos os tempos), hoje foi o polaco Pawel Fajdek, quadruplo campeão mundial do martelo, a chegar aos 82,98 metros, melhor registo dos últimos quatro anos.

Muito bem também esteve a lançadora do dardo alemã Christin Hussong, com 69,19 metros, segunda marca mundial dos últimos oito anos e que leva a campeã da Europa ao oitavo lugar de todos os tempos.

Na delegação portuguesa, os melhores foram mesmo Liliana Cá e Isaac Nader, pelas vitórias e pontuação máxima, enquanto Dongmo, Pichardo e Salomé Afonso (1.500 metros) terminaram em segundo, dando cada um seis pontos à equipa.

Apesar das muitas 'baixas' no meio-fundo, sobretudo em femininos, Portugal acabou por ter algumas alegrias nesse setor, através de dois jovens de 21 anos, Nader e Salomé Afonso, ambos com 'trabalhos redobrados'.

Nader começou por ser quinto nos 1.500 metros, no sábado, para hoje ganhar os 3.000 metros, em 8.31,26 minutos. Salomé esteve nos 800 metros, no sábado, sendo sexta, e hoje fechou em segundo nos 1.500 metros, em 4.15,08, atrás da italiana Gaia Sabbatini.

Grande favorito no triplo salto, Pedro Pichardo ficou pelos 17,01 metros, hoje 'sem resposta' para o alemão Max Hess, antigo campeão europeu, que alcançou 17,13, num concurso muito afetado pela chuva.

Igualmente favorita, Dongmo ficou-se pelos 18,74 metros, a um centímetro da vencedora, que foi a alemã Sara Gambetta.