Os 100 metros do 'meeting' de atletismo do Mónaco foram hoje o ponto mais alto daquela reunião da Liga Diamante, com o norte-americano Ronnie Baker a derrotar grande parte dos prováveis finalistas olímpicos da distância.
A jornada no estádio Luís II rendeu ainda a quarta melhor marca de sempre nos 1.500 metros femininos, para a queniana Faith Kipyegon, e uma inesperada derrota para a campeã do triplo salto, a venezuelana Yulimar Rojas, 'vítima' da regra do salto em 'finalíssima', num concurso em que Patrícia Mamona acrescentou um centímetro ao recorde luso.
Uma semana depois de ter batido o recorde mundial nos 400 metros barreiras, o norueguês Karsten Warholm continuou a ganhar, mas com menos brilho, enquanto nos 1.500 metros masculinos o queniano Timothy Cheruiyot voltou a estar 'imperial' e arrastou Mohamed Katir para um histórico recorde de Espanha.
Ronnie Baker, um dos três norte-americanos para Tóquio2020, correu em 9,91, à frente do recordista de África, o sul-africano, Akani Simbine (9,98), e de Marcel Jacobs, de Itália (9,91).
Os dois outros norte-americanos para os Jogos desiludiram - Trayvon Bromell, líder mundial do ano, foi quinto, com 10,01, e Fred Kerley sexto, com 10,15.
Excelente marca de Faith Kipyegon, a campeã olímpica de 1.500 metros, com os 3.51,07 minutos a ficarem a um segundo apenas do recorde mundial, da etíope Genzebe Dibaba.
A queniana não deu hipóteses à holandesa Sifan Hassan, segunda em 3.53,60. Para Tóquio, Hassan aponta para um inédito triplo triunfo, em 1.500-5.000-10.000.
Com toda a lógica, Karsten Warholm dominou nas barreiras e ganhou em 47,08, no que é apenas a sua segunda prova do ano. Na outra, no 'meeting' de Oslo, foi ao recorde do mundo, com 46,70.
Timothy Cheruiyot, atual campeão do mundo, ganhou os 1.500 metros em 3.28,28, 'rebocando' Mohamed Katir para bater um recorde de Espanha que durava há 24 anos.
Os 3.28,76 de Katir superam finalmente os históricos 3.28,95 de Fermin Cacho em agosto de 1997, então recorde da Europa. Ketir ficou a escassos oito centésimos do atual recorde continental, do norueguês Jakob Ingebrigtsen, hoje terceiro posicionado.
No triplo salto, a campeã mundial, a venezuelana Yulimar Rojas, saltou 15,12 metros, mas não ganhou. Pelas regras estabelecidas para a Liga Diamante, as três primeiras até ao quinto salto disputam um salto para definir o pódio, e aí Rojas fez 'nulo' e perdeu para a jaimaicana Shanieka Ricketts, a única que fez salto válido, após 14,75 até então.
Quem também fechou com um 'nulo' e o terceiro lugar foi a portuguesa Patrícia Mamona, mas depois de já ter conseguido um recorde nacional a 14,66, juntando um centímetro ao seu próprio máximo, que tinha cinco anos.
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