As maratonistas portuguesas Salomé Rocha, Catarina Ribeiro e Inês Monteiro está na lista de elite para a participação na Maratona de Berlim, na Alemanha, que se realiza no domingo.

As atletas do Sporting surgem na lista de elite na prova mais rápida do Mundo, que tem como cabeça de cartaz a etíope Tirunesh Dibaba, uma das melhores meio-fundistas de sempre, que correrá a sua quarta maratona e tem como recorde pessoal 2:17.56 horas.

Dibaba aceitou o repto de tentar bater o recorde mundial, de 2:15.25 horas, que pertence à britânica Paula Radcliffe há 15 anos, mas terá ainda de lutar pelo triunfo na prova com as quenianas Gladys Cherono (2:19.25), vencedora no ano passado, e Edna Kiplagat (2:19.50), bicampeã mundial (2011 e 2013).

O recorde da prova, de 2:19.12 horas, dura desde 2005, e foi obtido pela então campeã olímpica em título, a japonesa Mizuki Noguchi.

Para as portuguesas, a presença na Maratona de Berlim é uma clara tentativa de melhoria dos seus recordes pessoais e também poder garantir um lugar nos Mundiais de 2019. Carla Salomé Rocha tem 2:27.08 horas como recorde pessoal, um pouco melhor que Catarina Ribeiro (2:30.10) e Inês Monteiro (2:30:36).

A Maratona de Berlim, que regista 44.389 participantes, oriundos de 133 países, abre uma nova série das Melhores Maratonas do Mundo, um circuito que integra ainda as de Tóquio, Boston, Londres, Chicago e Nova Iorque.

Mas, a corrida masculina desperta ainda mais interesse, pois registará também uma tentativa de superação do recorde do Mundo, o que é perfeitamente possível, já que foi no percurso berlinense que foram obtidos os últimos seis máximos mundiais.

Em 2003, Berlim viu a primeira marca abaixo de 2:05 horas, assistiu à primeira marca abaixa de 2:04 em 2008 e viu recentemente baixar das 2:03 em 2014, quando Dennis Kimetto (Quénia), colocou o recorde do Mundo em 2:02.57.

Na tentativa deste ano, o protagonista é o queniano Eliud Kipchoge, atual campeão olímpico de maratona e vencedor em Berlim nas edições de 2015 e 2017, que já correu nove maratonas abaixo de 2:06 horas, tendo como recorde pessoal 2:03.05 (Londres, em 2016).

Kipchoge, figura principal do ‘break2’, a tentativa privada de baixar das duas horas na maratona (terminou em 2:00.25 a prova realizada no autódromo de Monza), terá como principais opositores nomes grados da distância, nomeadamente o queniano Wilson Kipsang (2:03.13) e o eritreu Zersenay Tadese (2:10.41), com mais 11 atletas que já correram a distância abaixo de 2:11 horas.