O treinador da equipa sénior masculina de basquetebol do Petro de Luanda, o camaronês Lazare Adingono, afirmou na terça-feira, na capital angolana, que o extremo base Carlos Almeida é um ícone da modalidade no continente.

“Joguei em 1994 e 1999 com ele, é um grande jogador de basquetebol, um dos melhores em África e penso que vai deixar um vazio, não só em Angola, mas em África, no geral", afirmou.

O técnico referiu ainda que Carlos Almeida é um jogador que faz o seu estilo como treinador, por ser um atleta com muita qualidade nos lançamentos e um excelente defensor.

O treinador do Petro de Lunada falou à Angop no pavilhão Victorino Cunha, onde decorria o jogo entre o 1 d'Agosto e o Petro de Luanda, para a final da Taça de Angola e que não terminou devido a chuva, no qual Carlos Almeida havia de se despedir oficialmente.

De 37 anos, dos quais 14 ao serviço dos militares do Rio Seco, o extremo internacional angolano, 1,92 metros, coloca ponto final  a sua carreira. No Campeonato do Mundo de 2006, no Japão, foi considerado o melhor marcador de lances livres.

Ao serviço do Petro, Carlos Almeida ganhou dois campeonatos de iniciados e igual número de cadetes. Nos seniores ergueu três títulos de campeão nacional e três taças de Angola. Aos 18 anos, isso em 1997, foi distinguido com o troféu de melhor jogador do nacional maior da bola ao cesto.

No 1º d'Agosto ganhou 10 campeonatos nacionais, sete taças de Angola, oito supertaças Wlademiro Romero, sete taças dos Clubes Campeões Africanos, uma supertaça Compal, e vários campeonatos provinciais.

Com a selecção, Carlos tem ainda a particularidade de ter disputado três campeonatos do Mundo, Indianápolis (Estados Unidos 2002), Saitama (Japão 2006) e Istambul (Turquia 2010). O ex-capitão do “cinco” nacional disputou ainda três Jogos Olímpicos, Sidney (Austrália 2000), Atenas (Grécia 2004) e Beijing (China 2008).

Agora, Carlos Almeida vai dedicar-se apenas à política, como deputado na Assembleia Nacional.