A escola de iniciação ao basquetebol “Rodrigo Mascarenhas” arrancou as atividades na ilha de São Vicente com cerca de 80 crianças e jovens dos 08 aos 18 anos, nas classes masculina e feminina.
Após 15 anos de uma carreira internacional no basquetebol, recheada de títulos conquistados em Portugal, Angola e Espanha, Rodrigo Mascarenha, mal deixou de praticar a modalidade ao mais alto nível, decidiu criar uma escola, “sítio privilegiado” para transmitir aos mais novos o “manancial de experiência” que acumulou.
“Sempre foi o meu sonho quando terminasse a carreira regressar definitivamente à minha ilha e criar uma escola para passar aos mais novos tudo o que o basquetebol me deu”, lançou à Inforpress o ex-internacional e capitão da seleção cabo-verdiana.
As aulas estão a decorrer de segunda à sexta-feira no Centro Juvenil Nhô Djunga, fruto de uma parceria com o Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), que gere o espaço, e, se tudo correr como planificado, da escola vão sair equipas nos escalões sub-14, sub-16, sub-18 e seniores para participar nos campeonatos regionais de São Vicente, já esta época.
“Reabilitamos o campo do Centro Juvenil Nhô Djunga e em contrapartida o centro passa a dispor de mais um desporto para as crianças e adolescentes que atende, os quais estão perfeitamente integrados na escola de basquetebol”, explicou Rodrigo Mascarenhas que saúda parcerias do género.
No entanto, outros parceiros “tardam em chegar” e por isso o ex-basquetebolista suporta do seu bolso a maioria dos encargos, o que faz, considera, “de bom agrado”, pois acredita que se trata de uma responsabilidade social e desportiva.
“O trabalho que estamos a fazer não é só desportivo, é mais uma opção que estamos a dar a muitos jovens quando conhecemos os problemas que afetam a nossa sociedade”, acrescentou a mesma fonte, que anuncia parcerias com a CV Móvel, “desde a primeira hora”, e com o BCA.
Para se ocupar da coordenação técnica da escola, Rodrigo Mascarenhas foi “buscar” à ilha do Sal o seu companheiro e ex-basquetebolista Zola que, por seu lado, está “agradado” com a forma como as coisas estão a decorrer.
Para Zola, com a escola, está-se a colmatar uma lacuna no basquetebol mindelense e cabo-verdiano que é a carência do ensino dos fundamentos da modalidade aos futuros basquetebolistas.
Por isso, preocupa-se, diz, nos escalões antes dos sub-14, em permitir às crianças o contacto com o jogo nas vertentes básicas como receção, domínio da bola, drible e passe.
“Basquetebol é competição e a aprendizagem deve ter a componente competição e quando mais cedo a tiverem melhor ainda”, anotou o ex-internacional cabo-verdiano, que aposta numa “escola integrada” que chama os pais para acompanhar o desempenho e a formação atlética dos filhos.
O que todos desejamos é que haja mais basquetebolistas de qualidade em São Vicente e em Cabo Verde”, conclui Zola.
A escola de iniciação ao basquetebol “Rodrigo Mascarenhas” funciona todos os dias de segunda à sexta-feira com os escalões sub-14, sub-16 e sub-18, e ao sábados e domingos com o minibasquete, dependendo do horário dos alunos no ensino formal, ou seja, treinam de manhã os que têm aula à tarde e vice-versa.
Comentários