O Recreativo do Libolo procura em Malabo o seu primeiro troféu internacional. Os campeões angolanos são os grandes favoritos a levantar a Taça dos Clubes Campeões Africanos, tal como o Petro de Luanda, o 1º de Agosto e o Etoile Sportive du Sahel da Tunísia, atuais campeões.
Depois de um péssimo início de época, a formação da vila do Calulo prescindiu do técnico Raúl Duarte e contratou Luís Magalhães, homem que já tinha feito história no 1º de Agosto onde ganhou vários títulos nacionais e internacionais, como BAI Basket, Taça de Angola, Supertaça Wlademiro Romero, Taça dos Clubes Campeões Africanos e Supertaça Compal.
Na edição de 2011 a equipa do Kwanza Sul ficou num modesto 7º lugar num universo de 12 equipas. Luís Magalhães esteve com a equipa em Lisboa onde preparou a participação no Afrobasket e também no BAI Basket.
Malabo marcará também a despedida de Miguel Lutonda, uma lenda do basquetebol angolano. O jogador do 1º de Agosto, já com 41 anos, deixará para trás uma carreira de 26 anos ao serviço do basquetebol angolano, onde venceu tudo o que havia para ganhar no basquetebol angolano.
Quem também irá disputar o seu último troféu internacional é Carlos Morais. O extremo de 35 anos irá colocar um ponto final na carreira, 23 anos depois de se ter iniciado no basquetebol. Carlos Almeida está entre os três totalistas do 1º de Agosto que venceram seis vezes a prova africana, a par de Miguel Lutonda e Joaquim Gomes “Kikas”.
O ex-capitão da seleção angolana quer vencer a sua a sétima taça, para acabar em grande a carreira a nível internacional. Almeida vai abraçar a carreira de político, ele que é deputado do MPLA na Assembleia Nacional de Angola.
O 1º de Agosto quer recuperar o troféu perdido na edição anterior para os tunisinos do Etoile Sportive. Na opinião de Carlos Antunes, responsável pelo departamento de basquetebol da formação do Rio Seco, o objetivo da equipa «é jogo a jogo procurar a vitória, e assim chegar à final, para conquistarmos pela sétima vez o título africano». A equipa orientada por Paulo Macedo é dos mais experientes em prova.
Outro candidato ao título é o Petro de Luanda. Os "petrolíferos" decidiram fazer a preparação para a competição em Luanda, ao contrário dos outros dois candidatos angolanos. O vice-presidente do clube para o basquetebol, Benjamim Romano, está confiante numa boa prestação mas vai alertando que pode haver percalços pelo caminho.
O técnico camaronês Lazare Adingono tem sido alvo de alguma contestação por parte dos adeptos. Benjamim Romano pede paciência: «O contrato é de três anos e vamos cumpri-lo. Mas o futuro a Deus pertence. É um processo novo, há atletas novos na equipa mas têm correspondido. Temos de ter paciência e acreditar no trabalho que está a ser feito», afirmou o responsável pelo basquetebol do Petro.
A prova será disputada, de 29 de novembro a 8 de dezembro, por 12 equipas: Abidjan Basket Club (Costa do Marfim), Al Ahly (Egito), ASB Mazembe (RD Congo), Espoir (Rwanda) Etoile Sportive du Sahel (Tunísia), Ettehad Alexandry (Egito), Kano Pillars (Nigéria), Manga BB (Gabão), Mongomo Basket Club (Guiné Equatorial), Petro de Luanda (Angola), Primeiro de Agosto (Angola) e Recreativo do Libolo (Angola).
O Etoile Sportive du Sahel da Tunísia é o atual campeão, título conquistado em 2011 frente ao 1º de Agosto.
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