A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) anunciou hoje que a Liga portuguesa vai arrancar no próximo sábado, com a realização da terceira jornada, após terem sido adiadas as duas primeiras devido à nova lei de estrangeiros.

"A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) e os 12 clubes da Liga Betclic masculina informam que a competição terá início no dia 19 de outubro de 2024", pode ler-se no comunicado da FPB, que acrescenta que "a nova lei de estrangeiros, com impacto no desporto e, em particular, no basquetebol, continua a ser uma fonte de preocupação".

De acordo com o organismo, apesar dessa preocupação, "as partes envolvidas consideram que não é benéfico prolongar a suspensão da competição. Esta decisão é tomada em respeito pelos atletas, adeptos, patrocinadores e todos os parceiros".

A FPB anunciou ainda que, para mitigar as dificuldades previstas na marcação dos jogos adiados, o modelo competitivo da Taça Hugo dos Santos será ajustado para a presente época, com a fase de grupos a sofrer uma redução no número de jogos, permitindo a marcação dos encontros em atraso da Liga para 26 de outubro (primeira jornada) e 30 de novembro (segunda jornada).

A concluir, FPB acrescenta que, juntamente com os clubes, mantém "o compromisso de continuar a trabalhar conjuntamente com o Governo em busca de soluções que permitam acomodar as necessidades específicas do basquetebol no contexto da nova lei de estrangeiros".

Os clubes da Liga portuguesa de basquetebol decidiram não comparecer aos jogos das primeira e segunda jornadas da Liga devido às dificuldades na inscrição de jogadores estrangeiros.

Aquela reação deveu-se à renovada Lei da Imigração, que foi aprovada em 03 de junho e obriga os clubes a terem os documentos dos jogadores estrangeiros regularizados, autorização de residência e contrato de trabalho dos atletas.

Os emblemas da Liga pediram “consistência e coerência de procedimentos e cumprimentos dos prazos estabelecidos em protocolo”, assinado pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), com vista à agilização de procedimentos para a concessão de autorização de residência a atletas e treinadores profissionais e consequente inscrição nas Ligas masculina e feminina.

O incumprimento de algumas condições definidas no protocolo, como o prazo máximo de dois dias de resposta aos processos por parte da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), e a necessidade de submissão de um certificado de registo criminal - que nos Estados Unidos tem prazo de entrega previsto entre quatro a seis semanas – estão na base da insatisfação dos clubes.