Os Golden State Warriors, liderados por Andrew Wiggins, ‘dizimaram’ os Boston Celtics no quarto período, para vencerem segunda-feira o quinto jogo da final por 104-94 e ficarem a um triunfo do título da Liga norte-americana de basquetebol (NBA).

Em San Francisco, o ‘cinco’ de Steve Kerr entrou forte (24-8) e chegou ao intervalo a liderar por 12 pontos (51-39), mas, ao contrário dos quatro primeiros encontros – mais 49 pontos no total -, perdeu claramente o terceiro período (24-35).

Ainda assim, um ‘triplo’ de Jordan Poole sobre a ‘buzina’ permitiu aos Warriors virar na frente (75-74) e dar o mote para um grande derradeiro período dos locais, que abriram com 10-0 (85-74) e nunca mais deixaram os Celtics chegar perto.

A façanha dos anfitriões é ainda mais significativa tendo em conta que Stephen Curry, autor de 43 pontos no quarto jogo, quase não contou: ficou-se pelos 16 e nenhum ‘triplo’ (falhou nove), depois de 233 jogos, entre época regular e ‘play-offs’, com pelo menos um – não ficava em ‘branco’ desde 08 de novembro de 2018.

Com Curry ‘apagado’, ainda que com oito assistências, liderou Andrew Wiggins, que terminou o embate com 26 pontos, 13 ressaltos, duas assistências e dois roubos de bola, secundado por Klay Thompson, com 21 pontos, incluindo cinco ‘triplos’.

“Faço tudo para ajudar a equipa a vencer, seja marcar pontos, ganhar ressaltos ou defender. Estamos a um triunfo do título, o que é uma oportunidade de uma vida. Mal posso esperar pelo jogo”, afirmou Wiggins, o melhor em campo.

Destaque também para os 31 pontos vindos do banco, muito por culpa de Gary Payton II, autor de 15, e Jordan Poole, que marcou 14, 11 dos quais entre o final do terceiro período e o início do quarto, num decisivo parcial de 18-3.

Nos Celtics, Jayson Tatum, com 27 pontos, 10 ressaltos e quatro assistências, foi o melhor, seguido por Marcus Smart, com 20 pontos, enquanto Jaylen Brown esteve muito desinspirado, já que marcou 18, mas com cinco em 18 nos ‘tiros’ de campo.

Aos forasteiros, faltou também a ajuda dos suplentes (apenas quatro pontos entre Derrick White, Grant Williams e Payton Pritchard), tendo ‘sobrado’ os ‘turnovers’ (18, contra seis dos Warriors) e os lances livres falhados (10, contra dois).

Desta forma, os Warriors estão a um triunfo do título, que podem conquistar na quinta-feira, em Boston, frente a uns Celtics que, para vencer, vão ter de perceber o porquê de dois ‘apagões’ seguidos no quarto período (19-28 no quarto jogo) – desde janeiro que não perdiam dois jogos consecutivos.

Moralizada pelo triunfo em Boston no quarto jogo, a equipa da casa entrou por cima e logrou logo um avanço de oito pontos (12-4), que transformou em 16 (24-8), antes de fechar o período inicial com 11 à maior (27-16).

No segundo parcial, os Warriors mantiveram-se sempre por cima, sobretudo face à ineficácia dos Celtics nos ‘triplos’ (falharam os 12 primeiros), atingindo o intervalo a vencer por 51-39, já liderados por Wiggins (16 pontos e sete ressaltos).

Seguindo-se o terceiro período, a expectativa era que os locais ‘acabassem’ com o jogo, mas, desta vez, foram os Celtics a imperar, de forma categórica, para, com um parcial de 19-4, alcançarem a primeira liderança (55-58).

Os forasteiros ainda estiveram cinco pontos à maior (61-66), mas Klay Thompson, com dois ‘triplos’, manteve os Warriors por perto, para Poole fechar o terceiro período com um ‘triplo’ à tabela sobre a ‘buzina’ e virar o resultado (75-74).

Poole acabou por ser determinante também a abrir o último período, que os Warriors dominaram, perante uns Celtics ‘perdidos’, nomeadamente Smart, com erros crassos que deram num ápice 11 pontos de avanço aos locais (85-74).

Ainda faltavam 9.03 minutos, mas o jogo já não virou, até porque os Warriors, mesmo sem Curry inspirado e com Draymond Green com problemas de faltas, conseguiram controlar sempre a vantagem, trazendo-a de volta para os 16 pontos (102-86 e 104-88).

A final acaba na quinta-feira, se os Warriors venceram em Boston, ou, então no domingo, dia previsto para o sétimo jogo, a ‘negra’, em San Francisco.