O ex-pugilista norte-americano Floyd Mayweather, antigo campeão mundial invicto, vai pagar todas as despesas associadas às cerimónias fúnebres de George Floyd, afro-americano que morreu em 25 de maio, após um polícia lhe pressionar o pescoço.
Os primeiros serviços funerários estão previstos para quinta-feira em Minneapolis e o corpo de Floyd será transportado até à Carolina do Norte, de onde era natural, seguindo, depois, para Houston, local da sepultura, onde cresceu e residiu antes de se mudar.
“Aqui, em Minneapolis, haverá um memorial. No sábado, um serviço na Carolina do Norte, onde nasceu, e na terça-feira, em 09 de junho, o funeral em Houston”, informou na segunda-feira o advogado da família de George Floyd, Ben Crump.
O representante de Mayweather, diretor executivo da Mayweather Promotions, Leonard Ellerbe, confirmou à estação televisiva ESPN o compromisso económico do antigo campeão mundial para com a família de Floyd, com a qual tem contacto permanente.
“Provavelmente, ficará aborrecido comigo por dizê-lo, mas sim, Mayweather está a custear o funeral”, disse o representante, explicando que o antigo pugilista faz este tipo de coisas há 20 anos e não as publicita.
Em 2011, o antigo campeão mundial também custeou o funeral do ex-pugilista Genaro Hernández, que morreu de cancro, aos 45 anos, e contra quem Mayweather tinha conquistado em 1998 o seu primeiro título mundial.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.
Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
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