O ciclista espanhol Alberto Contador, vencedor da Volta a França em 2007 e 2009, reconheceu hoje que o britânico Chris Froome (Sky) é muito superior a todos os outros, depois do camisola amarela ter vencido no Mont Ventoux.

«Chris Froome é muito superior a todos os outros na montanha. Demonstrou-o nos Pirenéus e aqui outra vez. Fiz o que podia, subi ao meu ritmo, de forma regular. Vim ao Tour para ganhar, mas o Froome está fortíssimo e em cada mano a mano distancia-me», assumiu o terceiro classificado da geral

A diferença entre Contador e a camisola amarela é agora de 04.25 minutos, pelo que o espanhol da Saxo-Tinkoff pode estar a pensar na segunda posição como próximo objetivo.

«Neste momento isso é secundário, ainda não sei que posição posso ocupar. Veremos o que acontece, a corrida continua», completou.

No entanto, entre o madrileno e a segunda posição ainda está Bauke Mollema, que hoje teve um dia muito difícil e quase perdeu a vice-liderança.

«Não sei se alguma vez sofri tanto. Nos últimos dez quilómetros da etapa doíam-me as pernas a um nível inimaginável. Mas tive o [Laurens] Ten Dam, que fez um grande trabalho, ao meu lado. Quando és segundo da geral, a dor suporta-se melhor», confessou o holandês da Belkin, que está a 04.14 de Froome.

Melhor dia teve Nairo Quintana (Movistar), segundo da 15.ª etapa, e o único a acompanhar o camisola amarela durante a subida.

«Ataquei demasiado cedo. Quando o Froome me alcançou, tentei seguir a sua roda, mas ele estava demasiado forte. Apesar de tudo não estou desiludido», admitiu o dono da camisola da juventude.

Também Mikel Nieve estava contente com o seu desempenho, depois de fazer terceiro no alto do Mont Ventoux.

«Na sexta-feira perdemos as nossas opções na geral por azar. Agora temos que procurar ganhar uma etapa no nosso terreno, a montanha. Tentei e cheguei até onde pude, dei tudo», disse o ciclista da Euskaltel-Euskadi.

O corredor basco subiu durante vários quilómetros a puxar por Alberto Contador, sendo percetíveis várias conversas entre ambos.

«Ele dizia-me para trabalharmos os dois. Ele queria melhorar na geral e para mim ser terceiro no Mont Ventoux era muito importante, ainda mais depois de ver os ataques de Froome, que são muito difíceis de seguir», contou.