A equipa da Astana, do italiano Vicenzo Nibali, vencedor da última edição da Volta a França, pode perder a licença WorldTour, a mais alta do ciclismo, na sequência de uma investigação da União Ciclista Internacional.

“Se a auditoria revelar conclusões desfavoráveis ou se for detetado novo caso se 'doping' durante a época de 2015, caberá à UCI solicitar à comissão competente que avalie as hipóteses de retirar a licença [à Astana]”, refere fonte da federação internacional à edição de hoje do diário francês L’Equipe.

Em dezembro, a Astana tinha recebido a licença WorldTour, sob determinadas condições, e segundo o L’Equipe o relatório da investigação à equipa cazaque já tem conclusões suficientes para a UCI retirar a licença.

“A comissão de licenças vai reunir-se nos próximos dias para tomar uma decisão final”, escreve o jornal desportivo.

Em dezembro, e depois de várias semanas de especulação, a Astana viu a UCI analisar positivamente o seu dossier e outorgar-lhe a licença que estava suspensa provisoriamente, devido a cinco casos de ‘doping’ registados no espaço de dois meses.

No início de outubro, os irmãos Maxim e Valentin Iglinskiy deram positivo por ‘doping’, em dois controlos separados. Seguiram-se Ilya Davidenok, Victor Okishev e Artur Fedosseyev, todos da equipa continental, que entretanto foi suspensa.

Com o conhecimento do caso de Davidenok, a UCI acionou os mecanismos para rever a licença WorldTour dos cazaques, devido à sucessão de positivos.

O diretor desportivo da Astana é o controverso antigo ciclista cazaque Alexander Vinokourov, que esteve suspenso por dopagem sanguínea entre 2007 e 2009.