O britânico Bradley Wiggins assumiu-se este domingo satisfeito com a despedida do ciclismo de estrada, com o 18.º lugar na Paris-Roubaix, para se concentrar na conquista de uma quinta medalha de ouro olímpica, no Rio de Janeiro, em 2016.

Há muito que Wiggins fizera saber que o seu objetivo era ganhar a Paris-Roubaix na última corrida pela Sky, mas não foi capaz de fazer melhor do que o nono lugar do ano passado, embora nunca tenha deixado de atacar e de marcar a sua posição no pelotão.

"Sinto-me aliviado ao fim e feliz pela forma como terminou", disse o londrino, de 35 anos, que decidiu dedicar-se à pista após a próxima Volta a Yorkshire, entre 01 e 03 de maio, na qual vai participar com as cores da sua própria formação, a Team Wiggins.

O inglês reconheceu que se tratou de uma “etapa difícil” porque o vento “soprava por trás e não havia qualquer hipótese de relaxar, como acontece quando se passa os setores de ‘pavé’”.

O seu contra-ataque na parte final da etapa, a três quilómetros da chegada, não surtiu efeito: “Naquele momento cada um dá tudo o que tem. É como o naufrágio do ‘Titanic’, cada um faz pela vida. Tinha a sensação de ter pernas para ganhar, mas é natural que no grupo outros corredores tivessem essa sensação.

Apesar de não ter sido capaz somar esta prestigiada prova à sua longa lista de títulos, entre eles o Tour em 2012, Wiggins estava satisfeito: "Estou feliz, fiz uma boa corrida. Antes da prova estava a tentar não pensar acerca do facto de ser a minha última participação pela Sky. Muitos corredores com quem nunca tinha falado vieram ter comigo no final para me desejar sorte e congratular pela minha carreira, o que foi muito agradável e emocionante.