Fabian Cancellara (Trek-Segafredo) incluiu a Volta ao Algarve na sua ‘tournée’ de despedida do pelotão para preparar as suas queridas ‘clássicas’, nas quais foi um dos melhores ciclistas de sempre.

Fabian Cancellara já foi o rei dos contrarrelógios – na realidade, ainda o é, porque ninguém conseguiu superar os seus quatro títulos mundiais na especialidade -, mas hoje na terceira etapa da 42.ª Volta ao Algarve, um exercício solitário de 18 quilómetros, com partida e chegada a Sagres, o suíço dificilmente estará na luta pelo primeiro lugar.

“Vim à ‘Algarvia’ devido ao programa da corrida. O percurso, a localização adaptavam-se melhor ao meu planeamento do calendário desta parte do ano”, contou à agência Lusa.

Pela segunda vez em Portugal – a primeira foi em 2001 -, ‘Spartacus’ é um dos corredores que mais atenção tem despertado entre os adeptos que se acumulam à partida das etapas da 42.ª Volta ao Algarve.

Ninguém quer perder a oportunidade de ver um dos maiores ‘classicómanos’ de todos os tempos naquele que é, seguramente, o seu último ano no pelotão.

“Sim, sim, sim. É mesmo a minha última temporada”, jurou o vencedor de três Paris–Roubaix (2006, 2010 e 2013), três Voltas a Flandres (2010, 2013, 2014), três Harelbeke (2010, 2011, 2013) e uma Milão-San Remo (2008).

Assumindo que gostava de se despedir do ciclismo com o moral em alta, o suíço, que em março cumprirá 35 anos, está de olho naquelas que são as suas provas prediletas para sair com estrondo do pelotão que o acolheu há quase 16 anos.

“O meu objetivo são as clássicas. Os Olímpicos estão ainda muito distantes, é cedo para estar a pensar nisso. Tenho a minha mente focada nas clássicas”, reforçou.

Desafiado pela Lusa a pensar na vida pós-bicicleta, Cancellara abriu um sorriso e disparou: “Claro que já pensei o que vou fazer quando deixar o ciclismo. Vou aproveitar a vida… de uma forma diferente”.