O líder da Volta a Itália, o ciclista equatoriano Richard Carapaz (INEOS), projetou hoje a etapa de terça-feira, “duríssima” com a subida ao Mortirolo, e vê o português João Almeida (UAE Emirates) como um dos principais rivais.
“Falta uma semana muito dura. A BORA-hansgrohe controlou no sábado, numa etapa curta ao estilo de uma clássica, mas agora chegam etapas com subidas longas, com muito mais desnível. Estou tranquilo e, em conjunto com a equipa, sinto-me preparado para o que aí vem”, declarou o vencedor do Giro em 2019, no terceiro e último dia de descanso da 105.ª edição.
A ‘locomotiva de Carchi’ perspetivou ainda os 202 quilómetros entre Salò e Aprica, na 16.ª etapa, que na terça-feira testam o pelotão e a sua liderança, de sete segundos para o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), segundo, e de 30 para João Almeida.
“A etapa de terça-feira é duríssima, com mais de 5.000 metros de desnível. Notar-se-á a fadiga e, nas etapas seguintes, não teremos tranquilidade. (...) A última semana é-me favorável, preparei-me para a montanha, e temos já a ‘maglia rosa’, que dá um extra de motivação para mim e para a equipa”, explicou.
O ciclista equatoriano, que procura o segundo triunfo na ‘corsa rosa’, lembrou a importância dos seus companheiros de equipa, nomeando o australiano Richie Porte, o francês Pavel Sivakov e o espanhol Jonathan Castroveijo, sobretudo tendo em conta a possibilidade de mudança meteorológica, de um Giro mais quente para a possibilidade de chuva.
Num Giro “diferente de 2019”, em que chega mais experiente, lista Hindley, João Almeida e o espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious) como rivais.
Landa, quarto a 59 segundos de Carapaz, também se mostrou hoje ambicioso e ‘puxou dos galões’ da experiência, uma vez que, aos 32 anos, é mais velho do que os ciclistas que ocupam o pódio.
“Não tenho nenhuma etapa assinalada. Faltam quatro muito duras, sobretudo na terça-feira, na quarta-feira e no sábado. Cada uma será importante. Sinto-me bem”, declarou.
O espanhol sonhou “muitas vezes com ganhar o Giro e há uma oportunidade”, pelo que vai continuar a pensar nisso, porque só sabe “aspirar ao máximo”.
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