O ciclista equatoriano Richard Carapaz (INEOS), vencedor da Volta a Itália em 2019, disse hoje que a saída da Movistar não foi um ato de deslealdade e que deu sempre mais do que lhe pediram, mesmo não sendo valorizado.
“Não fui desleal em nenhum sentido. Dei sempre mais do que me foi pedido. Como ciclista, dei o meu melhor e, se não me dão valor, todos tirarão as suas conclusões”, considerou Richard Carapaz, de 26 anos, em entrevista à ESPN Bike.
O vencedor do Giro de 2019, que trocou as cores da equipa espanhola Movistar pela britânica INEOS, apontou que as suas ambições passavam por perseguir a concretização dos seus objetivos profissionais e não permanecer na sombra de outros ciclistas.
“Eu não queria estar na sombra de ninguém e sempre pensei em traçar o meu próprio caminho. Nunca tive confiança suficiente para tal, mas talvez porque nunca me fosse transmitida”, explicou o trepador, que já tinha sido quarto no Giro de 2018.
Richard Carapaz decidiu que, aos 25 anos (idade que tinha em finais do ano passado), “queria experimentar coisas novas” e, se estivesse errado ao tomar a decisão de mudar para a INEOS, “preferia estar errado agora e não depois”.
O contrato com a INEOS de Chris Froome, Geraint Thomas e Egan Bernal – os vencedores das últimas cinco edições da Volta a França - é até 2022 e Richard Carapaz, que se encontra no seu país em quarentena devido à covid-19, considera que a mudança foi das melhores decisões que tomou na sua vida.
"Não acho que foi um erro, mas uma das melhores decisões que pude tomar. Na equipa, estou feliz, contente, é como estar em casa. Não é como me tinham dito. É uma nova experiência e não me arrependo de ter tomado esta decisão”, realçou o ciclista equatoriano.
O seu objetivo, a curto prazo, é rodar na Volta a França para daqui a alguns anos lutar pela amarela, mas para já a sua meta passa por renovar o título conquistado em 2019 no Giro, cujo início, agendado para 09 de maio, foi adiado indefinidamente devido à pandemia da covid-19.
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