A Katusha anunciou hoje a suspensão de Erik Zabel do cargo de treinador dos "sprinters" da equipa russa, depois do ex-ciclista ter admitido o recurso à EPO entre 1996 e 2004.

O alemão, recordista de vitórias no prémio da regularidade da Volta a França, já tinha apresentado segunda-feira a demissão de membro do Conselho Profissional da União Ciclista Internacional (UCI) na sequência da confissão prestada ao jornal alemão Suddeutsche Zeitung.

Em comunicado, a Katusha frisou que as revelações de Zabel, de 43 anos, «não têm qualquer relação» com a equipa, que também lembrou a sua vinculação ao Movimento por um Ciclismo Credível, «que mantém uma firme política de antidopagem».

«EPO, cortisona e depois até a dopagem sanguínea. Tudo isso é realmente demasiado», admitiu ao Suddeutsche Zeitung, o antigo sprinter, que conquistou seis camisolas verdes na Volta a França de forma consecutiva a partir de 1996.

Zabel, que há alguns anos assumiu-se ter-se dopado apenas durante uma semana em 1996, abriu o livro, dizendo que começou a dopar-se voluntariamente em 1996 com EPO e que, à medida que os testes foram sendo aperfeiçoados, optou por transfusões sanguíneas.