O Comité Olímpico italiano (CONI) decidiu esta segunda-feira investigar a suposta relação profissional entre o antigo ciclista italiano Mario Cipollini, um dos melhores “sprinters” de sempre, e o médico Eufemiano Fuentes, o cérebro da “Operación Puerto”.

Em comunicado, o CONI informou que a sua Comissão antidoping abriu uma investigação na sequência das informações publicadas pelo diário desportivo Gazzetta dello Sport este fim de semana, que relacionavam Cipollini com um programa de dopagem elaborado por Fuentes.

De acordo com o jornal, que sustenta as suas acusações numa série de documentos apreendidos no decorrer da “Operación Puerto”, o médico espanhol elaborou programas de preparação para o antigo ciclista durante as temporadas de 2001, 2002, 2003 e 2004, que incluíam substâncias dopantes como EPO, hormonas e transfusões sanguíneas.

A Gazzetta dello Sport, que identifica “Super Mario” pelos nomes de código “Maria” e “CP”, descreve diferentes episódios em que Cipollini pode ter recorrido ao doping, inclusive na preparação do Mundial de Zolder, na Bélgica, que venceu em 2002.

No sábado, aquele que é um dos melhores “sprinters” de sempre da modalidade desmentiu qualquer envolvimento com Fuentes, o cérebro por trás de um dos maiores escândalos de doping no desporto, e disponibilizou-se para fazer testes de ADN para demonstrar que nenhuma das bolsas de sangue nas mãos das autoridades espanholas lhe pertence.