O ciclista italiano Paolo Tiralongo (Astana) concluiu hoje uma fuga bem sucedida e venceu a nona etapa da Volta à Itália, após a qual o espanhol Alberto Contador manteve a liderança.

Esta nona etapa de Giro, última antes de primeiro dia de descanso, foi ganha por Tiralongo, que integrou a escapada do dia, para depois se desembaraçar de todos os outros fugitivos e chegar isolado.

A 53 quilómetros da meta em San Giorgio de Sannio, saltaram do pelotão 11 unidades, entre os quais Tiralongo, veterano na Volta a Itália e `aguadeiro´ do seu compatriota Fabio Aru, um dos candidatos ao triunfo final.

Tiralongo acabou por ser o mais forte no Passo Serra (montanha de segunda categoria), a pouco mais de dez quilómetros do fim dos 215 quilómetros entre Benevento e San Giorgio del Sannio.

As primeiras ordens da Astana para Tiralongo eram para esperar pelos seus companheiros de equipa, nomeadamente Aru e o espanhol Mikel Landa, mas depois ganhou 'direito' a ser o vencedor do dia, terminando em 5:50.31 horas, com o holandês Steven Kruijswijk (Lotto) a 21 segundos.

Depois, foram chegando alguns dos outros fugitivos, com os quatro primeiros da geral - Aru e Landa, o espanhol Alberto Contador (Tinkoff-Saxo) e o australiano Richie Porte (Sky) - a chegarem quase juntos, com poucos segundos de diferença, entre os 10.º e 13.º lugares.

Contador mantém a camisola rosa, cedendo um segundo apenas para Aru, que fez questão de 'sprintar' nos últimos 100 metros. A diferença entre o primeiro e o segundo da geral é de três segundos, mas Porte (a 22 segundos) e Landa (a 46) ainda são candidatos viáveis.

O líder da Tinkoff-Saxo, que sofreu uma queda há três dias, com deslocação de ombro, não pretendia estar ao ataque na etapa de hoje, mas acabou por o fazer a pedido de Aru, quando se percebeu que outro dos favoritos, o colombiano Rigoberto Uran (Etixx-QuickStep), passava por sérias dificuldades.

Uran chegaria em 28.º, no primeiro pelotão, perdendo 47 segundos para Aru. Na geral é oitavo, a 2.10 de Contador, o que torna mais difícil a sua prestação na segunda semana do Giro, já com alta montanha.

O português Sérgio Paulinho (Tinkoff-Saxo) esteve muito ativo na corrida, saindo do pelotão em perseguição do grupo da frente, quando a ideia da sua equipa era aumentar fortemente o andamento.

A reação de Paulinho lançou as bases para uma parte final com menos unidades na frente, só que pagou caro o esforço e atrasou-se, entrando em 149.º, a 17.53, no mesmo grupo de Fábio Silvestre (Trek), que foi 140.º

André Cardoso (Cannondale-Garmin) é consistentemente o melhor luso, fazendo hoje 38.º, a 1.43 segundos, no primeiro pelotão.

Na geral, Cardoso sobe dois lugares, para 35.º (a 22.12). Paulinho desce nove, para 127.º (a 1:38.05) e Silvestre sobe um, para 159.º (a 1:57.01).

Na segunda-feira não há etapa, uma vez que se cumpre o primeiro dia de descanso do Giro.