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Ciclista espanhol voltará na segunda-feira a competir na Volta à Bélgica.
O ciclista espanhol Alberto Contador (Saxo Bank), que voltará na segunda-feira a competir na Volta à Bélgica depois de cumprir castigo por dopagem, confessou ter passado «seis meses difíceis» que recordará «sempre».
Contador voltará a competir depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter aplicado a sanção, com caráter retroativo, com início a 05 de agosto de 2010, dois anos depois de ter acusado análise positiva no Tour2010.
Há seis meses que Contador, que foi desapossado das vitórias no Tour e no Giro2011, tem vindo a treinar afincadamente para voltar à competição, o que vai acontecer na próxima segunda-feira.
«Não sei se aliviado é a palavra correta, mas estou com vontade de competir, que é aquilo que gosto de fazer. Não quis estar parado, mudei de locais de treino, houve dias em que estive mais motivado do que outros, mas estou cansado como em outros anos por esta altura porque treinei duramente», revelou Contador, em conferência de imprensa.
O ciclista assumiu ter enfrentado «momentos complicados», sobretudo por «tudo o que se disse», sem que «se respeitasse quaisquer limites», valendo-lhe a família e os amigos, aos quais ficou a dever o facto «não ter tido necessidade de recorrer a ajuda profissional», pelo «ânimo» que lhe incutiram sempre.
Por outro lado, Contador diz conseguir ver algo de positivo no que lhe aconteceu, pela «maturidade» que lhe trouxe e que lhe permite agora encarar o ciclismo «como uma parte da sua vida e não como a sua vida», ao mesmo tempo que entende ter agora «mais condições para enfrentar situações difíceis e de muita pressão».
O que lhe sucedeu não alterou, todavia, a sua confiança nos controlos antidopagem.
«Nunca deixei de acreditar nos controlos durante todo o tempo em que estive ausente das competições profissionais», frisou.
Contador lembrou ter «passado vários controlos» nos últimos meses e de «nunca se ter queixado» dos mesmos, sem bem que entenda que «há coisas a mudar» neste domínio, que «são melhoráveis» e que «requerem outras soluções», visto que «todos os responsáveis sabem que as normas atuais estão obsoletas, mas nada fazem para as mudar».
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