A União Ciclista Internacional (UCI) decidiu hoje prolongar a suspensão do calendário velocipédico até 01 de junho, dada “a gravidade da situação sanitária em todo o mundo”, e admitiu a possibilidade de adiar o final da época.

“Pela segunda vez em duas semanas, a UCI reuniu os representantes de todas as famílias do ciclismo profissional de estrada – organizadores, equipas e corredores – para debater a situação do setor perante a pandemia do novo coronavírus. Na sequência do encontro, e dada a gravidade da situação sanitária em todo o mundo, a UCI e todos os agentes envolvidos decidiriam unanimemente prolongar a suspensão das competições velocipédicas até 01 de junho”, pode ler-se na nota da federação internacional.

A UCI, que esclarece que este prolongamento da suspensão competitiva é extensível a todas as outras vertentes do ciclismo, assim como a todas “as categorias de corredores”, indica ainda que está a trabalhar num “quadro” para o futuro calendário de estrada, baseado nas discussões em curso e que dará prioridade “às três grandes voltas e aos ‘monumentos’”.

“O resultado deste trabalho interno será comunicado quando as condições estiverem alinhavadas. Confirmando o princípio da prorrogação da época de estrada masculina e feminina, anunciado em 18 de março, a UCI não exclui a possibilidade de adiar o final da temporada, dependendo da data em que as corridas foram retomadas”, acrescenta o comunicado.

Ciente “das consequências que a crise atual terá no pelotão profissional”, a federação internacional anunciou ainda a criação de um grupo de trabalho que irá propor “iniciativas concretas, nomeadamente quanto aos contratos dos ciclistas e a situação das equipas no contexto da sua corrente inatividade relacionada com a pandemia” da COVID-19.

“Neste contexto extremamente difícil, a UCI vai continuar as suas consultas com as diferentes famílias para encontrar as melhores soluções para a nossa modalidade”, compromete-se aquela federação, revelando que, até à data, recebeu mais de 450 pedidos de adiamento ou cancelamentos de provas, a maioria dos quais relacionados com o ciclismo de estrada.

Em 18 de março, a UCI tinha anunciado a suspensão de todas as provas até ao final de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 44 mil morreram.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes e 8.251 casos de infeções confirmadas.

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