David Rosa, o atleta que representou Portugal na modalidade de Cross Country Olímpico (XCO) nos Jogos Olímpicos Londres2012, é o primeiro subscritor da petição “Pelo Direito a Pedalar em Segurança”, hoje lançada.

A petição é uma iniciativa da Estrada Viva, que conta com o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e da MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, na qual os signatários instam o Governo e demais entidades competentes “a fiscalizar com mais intensidade o cumprimento da lei, de forma diligente, regular e consistente”.

Entre os comportamentos perigosos em relação aos ciclistas que devem ser fiscalizados, o documento aponta os excessos de velocidade, o incumprimento de regras de ultrapassagem (abrandamento da velocidade, ocupação da via adjacentes, no caso da ultrapassagem de ciclistas, e a distância mínima de 1,5 metros) ou o estacionamento ilegal sobre ciclovias e passeios.

A petição defende a revisão do Regulamento de Sinalização de Trânsito, “de forma a incluir sinalética específica para proteger peões e condutores de bicicleta e alertar para a necessidade de comportamentos mais responsáveis por parte de condutores de automóvel”.

Um exemplo seria a colocação de sinais de informação de presença de ciclistas, complementados com afixação de sinalética sobre a distância mínima de um metro e meio na ultrapassagem.

De acordo com o comunicado da FPC, a iniciativa surge porque “Portugal continua a apresentar estatísticas vergonhosas no que respeita ao número de vítimas mortais e feridos graves”, apesar das melhorias significativas na proteção aos utilizadores vulneráveis, conseguidas com a revisão do Código da Estrada, em 2014.

O documento, que poderá ser subscrito em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT79814, será enviado ao Governo, ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes e à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

A Estrada Viva e as organizações que a apoiam vão requerer uma audiência com a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, para propor a criação de um grupo de trabalho interministerial para lançar e coordenar as medidas urgentes propostas pelos peticionários.