O ciclista italiano Davide Bais (EOLO Kometa) venceu hoje a sétima etapa da Volta a Itália, que quase ninguém quis disputar apesar da chegada em alto, transformando este num dia de cicloturismo.

Bais, de 25 anos, cumpriu os 218 quilómetros entre Cápua e Gran Sasso d’Italia em 6:08.40 horas, batendo os dois companheiros da fuga do dia, o checo Karel Vacek (Corratec-Selle Italia), segundo a nove segundos, e o italiano Simone Petilli (Intermarché-Circus-Wanty), terceiro a 15.

Os homens da geral chegaram todos juntos, a 3.10 minutos, e o norueguês Andreas Leknessund (DSM) segurou a camisola rosa, com o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) em segundo, a 28 segundos, e o francês Aurélien Paret-Peintre (AG2R-Citroën) em terceiro, a 30. O português João Almeida (UAE Emirates) foi oitavo na tirada e segue em quarto, a um minuto.

Num dia ‘talhado’ para uma fuga que quisesse disputar a etapa e segurar o pelotão, com uma chegada em alto após longos quilómetros, só quatro homens pensaram nisso - Henok Mulubrhan (Green Project-BardianiCSF-Faizanè) acabou por descair.

Petilli tinha um olho na camisola rosa, uma vez que a menos de oito minutos do líder podia ‘sonhar’, quando o trio chegou a ter mais de 12 de vantagem, enquanto Vacek e Bais procuravam vitórias que lhes definissem a carreira, ainda para mais a correr por formações do segundo escalão, que foram convidadas para este Giro.

Com o pelotão desinteressado de correr, num dia com ‘incompreensíveis’ 218 quilómetros, numa competição com 21 etapas, a fuga fez ‘banquete’ do dia e foi Bais a sorrir mais entre três ‘corajosos’ que deram a cara ao vento durante 211 quilómetros.

O italiano conseguiu a primeira vitória da carreira, e logo num dos maiores palcos da modalidade, e ainda vai envergar a camisola de líder da classificação da montanha a partir de sábado, tendo ultrapassado o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ).

Depois de colaborarem ao longo do dia, o último quilómetro testou as pernas dos três resistentes, e depois de Petilli atacar primeiro, foi Bais a acelerar para não voltar a ser alcançado, já dentro dos últimos 200 metros.

Remco Evenepoel foi quarto e liderou o grupo de favoritos na meta, e a vantagem que o campeão do mundo de fundo tem sobre os demais pode ajudar a explicar a relutância em mexer, numa corrida com mais duas semanas e um contrarrelógio, no domingo, em que o belga deverá aumentar ainda mais a margem para os outros candidatos.

“Tive sorte em como a etapa se desenrolou, porque só andámos a sério no último quilómetro. Posso dar-me por contente com mais tempo de rosa. Esperava que fosse mais duro, e diria que foi um dia bastante aborrecido. Estava ansioso por batalhar, mas assim fico feliz e agradecido”, declarou um ‘honesto’ líder da geral, Leknessund.

No sábado, a oitava etapa liga Terni a Fossombrone em 207 quilómetros, com três contagens de montanha, uma de segunda e duas de quarta categoria.