O corredor Rui Costa, que hoje venceu a 16.ª etapa da Volta a França em bicicleta, é «um exemplo de humildade» e «um motor ao nível da motivação» para toda a comunidade desportiva, considerou hoje Delmino Pereira.

Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) rendeu-se à classe do poveiro: «É uma referência que estimula todos os nossos jovens. Um motor ao nível da motivação de todos os nossos atletas, no ciclismo, mesmo ao nível dos dirigentes. Enche-nos de satisfação e motiva-nos para trabalhar mais e melhor».

«Os ídolos sempre desenvolveram as modalidades e o Rui Costa põe todos os nossos jovens, equipas e comunidade a sonhar, trabalhar e ambicionar ser como o seu próprio ídolo», reforçou.

O presidente da FPC elogiou a «humildade, simpatia e capacidade de reunir consensos em toda a comunidade», reconhecendo que estas são «características dos campeões».

O segundo triunfo do português na “Grande Boucle” foi conseguido de forma isolada, atacando na hora certa e deixando os companheiros de fuga a 42 segundos após os 168 quilómetros entre Vaison-la-Romaine e Gap, naquele que foi o segundo êxito de Rui Costa depois do conseguido em 2011, na 8.ª etapa entre Aigurande e Super-Besse.

«Hoje foi uma vitória categórica, demonstrando grande nível numa fuga que tinha bons atletas, de grande categoria, e na qual conseguiu impor todo o seu nível. Ganhou de forma fantástica, apaixonante e penso que é justo, principalmente forma categoria como o fez», vincou.

O dirigente lamentou o facto de Rui Costa estar «controlado» e amarrado às necessidades da equipa Movistar, «que tem outros interesses», caso contrário acredita que poderia estar sempre na elite internacional em termos de desempenho.

«Para ganhar, tem de estar ao mais alto nível. A partir do momento do incidente (há dias ajudou Valverde, chefe de fila da Movistar, e perdeu muitos minutos), ficou com esta liberdade de poder ganhar uma etapa, poder ir para uma fuga. No futuro é um corredor que pode ambicionar entrar nos 10 primeiros da Volta a França e em quase todas pode ganhar etapas», defendeu.

Delmino assumiu não ter dúvidas de que Rui Costa «é o melhor ciclista português da atualidade, um dos melhores do Mundo».

«É muito inteligente, tem enorme carisma e é desportivamente fantástico, muito profissional e sempre amigo do seu país, com enorme grupo de seguidores, não só em Portugal, mas em todo o mundo. É um corredor que, de facto, ilumina o nosso ciclismo e o desporto português», concluiu.