A camisola amarela não vai ser envergada hoje na sétima etapa da Volta a França em bicicleta, entre Livarot e Fougères, depois de o britânico Chris Froome (Sky) ter abdicado de partir com o símbolo da liderança.

“Eu não vestirei a amarela hoje! Tudo do melhor para Tony Martin na sua operação e recuperação”, lê-se no Twitter do vencedor do Tour2013, que subiu ao primeiro lugar beneficiando da queda e do abandono do alemão, na quinta-feira, no final da sexta tirada.

Martin, que sofreu uma fratura da clavícula esquerda, foi o segundo líder da classificação geral a desistir, depois de o suíço Fabian Cancellara (Trek) ter abandonado a ‘Grande Boucle’ na terceira etapa, ao fraturar duas vértebras numa queda.

Na história do Tour, vários corredores assumiram a liderança da corrida e recusaram vestir a camisola amarela nestas circunstâncias, tal como hoje Froome decidiu, antes da partida para os 190,5 quilómetros entre Livarot e Fougères.

O caso mais recente remonta a 1997, quando Alberto Contador recusou alinhar à partida da 17.ª etapa com a camisola amarela que ‘herdou’ na sequência do abandono forçado do dinamarquês Michael Rasmussen.

Em 1980, o holandês Joop Zoetemelk abdicou do símbolo de líder que pertencia no final da 12.ª etapa a Bernard Hinault, que desistiu por causa de uma tendinite no joelho.

O norte-americano Greg LeMond teve a mesma atitude após a queda do dinamarquês Rolf Sorensen, não chegando a vestir a camisola de líder, porque, após a etapa, Thierry Marie chegou ao topo da classificação.

No entanto, a decisão mais famosa continua a ser a do belga Eddy Merckx após a queda do espanhol Luis Ocana na edição de 1971. O ‘canibal’, que viria a vencer a corrida, não aceitou vestir a camisola que pertencia ao seu rival, que caiu na subida ao col de Menté.