Chris Froome (Sky) disse hoje que não esperava chegar à camisola amarela na terceira etapa da 102.ª Volta a França, mas rejeitou ser o mais forte dos candidatos ao primeiro lugar em Paris.
“O muro de Huy é bom para ciclistas explosivos, como o ‘Purito’ Rodriguez. Esperava-a, marquei-a. Estou surpreso com o resultado, porque esta subida não me agrada particularmente”, admitiu Froome.
O novo camisola amarela desvalorizou os segundos conquistados aos seus principais adversários, alegando que um quilómetro de subida não é suficiente para demonstrar que é o mais forte do quarteto.
“Desde o início, já vimos muitas mudanças, mas é uma boa posição para mim, um excelente lugar para estar antes dos ‘pavés’”, assumiu o corredor da Sky, garantindo que vai abordar as próximas etapas como se fosse a primeira.
O grande derrotado do dia, o espanhol Alberto Contador (Tinkoff-Saxo), referiu que mal conseguia mover a bicicleta. “Perdi um tempo considerável”, completou, depois de ceder 18 segundos a Froome.
“Íamos bem, mas foi uma etapa muito rápida, tivemos de estar sempre na frente, o que desgasta. Hoje tenho de recuperar, porque amanhã (terça-feira) será um dia duro”, disse o vencedor das edições de 2007 e 2009, recordando que ainda falta muito Tour.
Contador, que está na oitava posição da geral, a 36 segundos de Froome, assinalou que a precoce liderança do britânico pode ter aspetos bons para si, uma vez que a camisola amarela confere pressão e responsabilidade.
Já Vincenzo Nibali (Astana), que perdeu 11 segundos para o britânico, tal como Nairo Quintana (Movistar), fez um balanço positivo da terceira etapa, que ligou Antuérpia a Huy, no total de 159,5 quilómetros.
“Senti-me bastante bem na última subida, mas desta vez Froome esteve melhor do que todos. Também queríamos a etapa, mas o ‘Purito’ nestas chegadas é imbatível”, reconheceu o campeão em título.
Depois da má jornada de Zélande, na qual perdeu 01.28 minutos para Froome e Contador, o italiano assumiu que a Astana errou na segunda etapa.
“Ontem (domingo) enganámo-nos e isso não pode voltar a acontecer. A equipa reagiu e acho que fizemos o que tínhamos a fazer hoje”, resumiu.
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