O ciclista britânico Chris Froome (Sky), camisola amarela da Volta a França, reconheceu hoje que teve medo quando Nairo Quintana (Movistar) atacou no final da 19.ª etapa, que chegou a La Toussuire.
“Tive medo quando o Nairo atacou. Ele demonstrou que está num bom momento, mas evitei entrar em pânico. Entrei em modo contrarrelógio, com o cuidado de não me desgastar na perspetiva da etapa de amanhã [sábado], mas sem perder muito tempo”, explicou Froome.
O britânico garantiu estar tranquilo perante a 20.ª etapa, com final no Alpe d’Huez, encarando-a como o seu desafio final, para o qual parte com uma boa vantagem (02.38 minutos) sobre o colombiano.
“Hoje pensávamos em diminuir mais as diferenças, mas o Froome defendeu-se bem, ainda está forte. Amanhã voltaremos a tentar e fá-lo-emos de mais longe, porque é uma subida longa”, prometeu o segundo classificado da geral.
Quintana explicou que não atacou antes devido ao elevado ritmo imposto por Rafal Majka no grupo de favoritos, de modo a impedir que o seu líder Alberto Contador perdesse muito tempo para Vincenzo Nibali, que subiu ao quarto posto da geral, à frente do espanhol.
“O ritmo imposto pela Tinkoff-Saxo era bastante elevado, era uma parvoíce atacar antes”, disse, assumindo também que o objetivo da equipa passa por defender o terceiro lugar de Alejandro Valverde.
Quintana mostrou-se confiante que o espanhol não terá problemas no frente a frente com o italiano. Nibali, por seu turno, renunciou candidatar-se ao pódio: “É muito difícil, hoje reduzi a diferença, mas vi que houve equipas que trabalharam para eu não ter muita vantagem. Tinha uns dois minutos e a energia não crescia. Hoje desgastei-me muito, amanhã será uma jornada complicada”.
Já Alberto Contador, que tarda em dar-se por vencido, confessou ter tido cãibras na subida a Croix de Fer, e reconheceu que hoje tentou apenas sobreviver.
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