O ciclista português Ivo Oliveira juntou hoje um bronze na perseguição individual à prata que já tinha somado em 2018, nos Mundiais de pista de Saint-Quentin-en-Yvelines, com o italiano Filippo Ganna a ‘voar’ para ouro e recorde mundial.
Vice-campeão mundial da disciplina em 2018, o português de 26 anos cumpriu a prova com 4.08,738 minutos, melhor do que o britânico Dan Bigham, adversário pelo último lugar do pódio.
O título mundial, disputado numa final pelo ouro 100% italiana, foi para o recordista da Hora Filippo Ganna, que bateu o recorde do mundo para superar Jonathan Milan, fixando o novo máximo em 3.59,636.
Quatro anos depois da primeira medalha em Mundiais de elite, Ivo Oliveira voltou a fazer história para o ciclismo português, voltando a mostrar ser um dos melhores do mundo nesta disciplina.
Depois de bater o recorde pessoal, agora fixado em 4.06,704 minutos, também a melhor marca de sempre, o esforço na final permitiu-lhe bater Bigham, que começou mais rápido, mas, a partir dos 2.000 metros, metade dos quatro quilómetros da disciplina, começou a ceder terreno.
Face ao antigo recordista da Hora, o ciclista natural de Vila Nova de Gaia estampou autoridade e ainda vai voltar à pista em Saint-Quentin-en-Yvelines, que será o palco dos Jogos Olímpicos Paris2024.
Ao lado do irmão gémeo, Rui Oliveira, Ivo vai competir no domingo na disciplina olímpica do madison, feita para duplas, e também aí aponta aos primeiros lugares.
Foi o primeiro pódio para a seleção portuguesa nesta edição do campeonato do mundo - Maria Martins conquistou entretanto o bronze no omnium -, coroando a qualidade de Ivo, campeão do mundo da perseguição individual em 2020, além de outras três pratas em Europeus, tendo sido campeão do mundo júnior desta disciplina em 2014.
A prova de que está entre os melhores do mundo desta disciplina, em que pouco tem competido nos últimos dois anos, é que só foi superado por dois italianos ‘supersónicos’.
Se Jonathan Milan baixou dos 4.04 minutos pela segunda vez no mesmo dia, que dizer de ‘Top Ganna’, a estrela maior destes Mundiais, ao bater o recorde do mundo e cifrá-lo agora em 3.59,636.
Os dois tinham sido prata na perseguição por equipas, numa prova por quartetos em que foram superados pelo Reino Unido de Bigham, mas nenhum acusou o cansaço: Milan repetiu a prata de 2021, Ganna ‘recuperou’ o seu lugar, de ouro.
Soma agora oito títulos mundiais, um ouro olímpico e incontáveis outros pódios em campeonatos do mundo e da Europa, além do que faz na estrada, como especialista do contrarrelógio e não só, num palmarés que inclui seis etapas da Volta a Itália.
Portugal está representado em Saint-Quentin-en-Yvelines por Ivo Oliveira, Rui Oliveira, João Matias, Maria Martins e Daniela Campos, num Campeonato do Mundo que decorre até domingo no mesmo velódromo que vai acolher a especialidade nos Jogos Olímpicos Paris2024.
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